O atual prefeito de Carolina (MA), Erivelton Teixeira (PL), e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL), vão a júri popular acusados de dopar e provocar aborto em uma mulher que estava gestante sem o consentimento dela. O crime ocorreu em um motel na cidade de Augustinópolis, no Tocantins, em 2017, mas só veio à tona em abril do ano passado, após a vítima que tem um relacionamento extraconjugal com o prefeito que também é médico, denunciar o caso.
VEREADOR TRABALHAVA COMO MOTORISTA
As investigações apontam, que no ano em que o crime ocorreu Lindomar trabalhava como motorista do prefeito, e teria participado do aborto. A decisão estabelecida pelo juiz da 2ª Vara da Augustinópolis, Alan Ide Ribeiro Silva, na quarta-feira (19) afirma que a materialidade e a autoria do crime estão comprovadas em um inquérito policial de 2019, com provas, e entre elas o exames Beta HCG que comprova gravidez da vítima, além de depoimentos de testemunhas.
O documento menciona que os próprios réus confirmaram estar presentes na cidade e testemunharam a vítima com sangramento na região da vagina, mas não prestaram ajuda, limitando-se a levá-la ao hospital. "No Inquérito Policial, há documento que comprova que a vítima estava grávida. E é notório que a vítima perdeu o feto", afirma a decisão.
ADVOGADO TAMBÉM É INVESTIGADO
A Justiça também solicita a investigação de possível crime por parte dos advogados de um dos réus, determinando o envio do material ao Tribunal de Ética da OAB/TO para apurar possível infração disciplinar.
Além disso, o juiz decidiu encaminhar a documentação para a Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, a fim de que a vítima possa ser assessorada para tutelar seus interesses relacionados à sua honra, conforme as condutas observadas.