Na manhã desta sexta-feira (24), a Avenida Principal do bairro Jardim Alegre, em São Luís (MA), foi tomada por uma manifestação de moradores contra o índice de violência registrado nos últimos dias e a morte de um jovem na capital maranhense.
Os manifestantes utilizaram pneus durante o ato como forma de protesto pela morte do jovem Eduardo Lemos Martins. Lojas e escolas amanheceram fechadas. A Grande São Luís vive um verdadeiro caos com a escalada de assassinatos em diversos bairros; até o momento, sete pessoas perderam a vida e mais de dez ficaram feridas.
ENTENDA O CASO
Na noite de terça-feira (21), Eduardo Lemos, de 19 anos, foi atingido na região do tórax durante um ataque no bairro Vila Operária. A vítima morreu imediatamente no local, e outras quatro pessoas ficaram feridas. A família de Eduardo esteve à frente do protesto, pedindo justiça e segurança.
Entre as vítimas também estão um adolescente de 13 anos, um jovem de 18 e um homem de 34. Uma quinta pessoa, com ferimentos leves, não procurou atendimento médico.
AS VÍTIMAS
Ataques violentos têm ocorrido nos últimos dias na Grande São Luís, resultando na morte de sete pessoas, todas do sexo masculino, com idades entre 18 e 43 anos, assassinadas a tiros.
- Mateus Ribeiro Costa, de 27 anos, executado a tiros em São José de Ribamar;
- Taivisson Amaro, de 18 anos, morto em um ataque no bairro Cidade Olímpica;
- Um homem de 26 anos foi morto a tiros em Tibiri, no domingo (19);
- Lucas Felipe Vianna Azevedo, de 26 anos, foi morto a tiros durante a madrugada de segunda-feira (20), no bairro Liberdade. Por volta das 21h40 do mesmo dia, um adolescente de 17 anos também foi executado;
- Na terça-feira (21), o jovem Eduardo Lemos foi morto durante um ataque;
- Janilson Pereira Ramos, de 43 anos, foi morto a tiros ao retornar para o albergue onde cumpria pena por homicídio, na quarta-feira (22).
AULAS SUSPENSAS
Diante dos índices de violência registrados, ao todo 14 escolas estaduais e sete municipais suspenderam as aulas. Além disso, o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) interromperam suas atividades.