Está previsto para acontecer nesta quarta-feira (03), o julgamento de Eliseu Castro, suspeito de matar Ana Caroline Sousa Campelo, de 21 anos. Em dezembro de 2023, o corpo da jovem foi encontrado sem a pele do rosto e os olhos arrancados enquanto voltava para casa em Maranhãozinho (MA), a 232 km da capital São Luís.
Na época, câmeras de segurança registraram os momentos que antecederam a morte de Ana Caroline. A gravação mostra a vítima passando pela rua que dá acesso à estrada para Cachimbos.
Alguns segundos depois, um homem pilotando uma motocicleta surge e faz o mesmo trajeto que a jovem. Segundo o Ministério Público (MP), o indivíduo seria Eliseu, que segue preso desde 2024.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
O caso vai a júri popular e o homem será julgado por homicídio triplamente qualificado, com agravantes de emboscada, tortura e feminicídio.
Ainda em julho deste ano, o júri foi adiado para esta quarta-feira (05). Agora, é esperado o depoimento de cinco testemunhas de acusação, além da defesa.
Carmelita Souza, mãe da vítima, pede por justiça e por uma resposta que ainda não chegou.
"Não sei nem dizer. Espero que ele seja condenado e cumprir essa pena todinha, se for 20 anos, 30 anos, 40 anos. Eu só tenho a dizer é que quem vai perder é só eu, quem perdeu fui eu. Ele tirou minha filha. Esse motivo, eu ainda não tive essa resposta", afirma.
CRIME DE ÓDIO
Advogada da família e assistente de acusação do MP, Luanna Lago, alega que o assassinato de Ana Caroline foi um crime de ódio cometido contra uma mulher lésbica, o que é chamado de lesbocídio.
Quando essas pessoas compreendem a dinâmica do crime, a gravidade da situação e condenam esse indivíduo, a gente conclui que o povo não aceita mais que as mulheres, que as pessoas lésbicas sejam desumanizadas, sejam tratadas de forma monstruosa, afirmou.