Os rodoviários de São Luís e região metropolitana iniciaram uma greve geral nesta segunda-feira (17), afetando cerca de 700 mil usuários do transporte público. A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Rodoviários do Maranhão (Sttrema), após uma reunião sem acordo sobre as exigências da categoria.
REAJUSTE SALARIAL
Os rodoviários exigem reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. Em novembro de 2024, a categoria enviou uma proposta de Convenção Coletiva de Trabalho para 2025 ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET). Na sexta-feira (14), durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA), não houve acordo entre a categoria e os empresários.
Desde fevereiro, a categoria vinha realizando audiências no Ministério Público do Trabalho (MPT-MA) com representantes da Prefeitura de São Luís, do Governo do Maranhão e do SET para evitar a greve, mas sem sucesso.
O Sindicato dos Rodoviários afirmou que, apesar das tentativas de conciliação, não houve acordo, com o SET alegando falta de condições financeiras para atender às demandas e não apresentando uma contraproposta concreta.
O Sttrema afirmou que o município e o Estado também não conseguiram chegar a um acordo com os empresários para resolver o impasse. Apesar de várias rodadas de negociação em janeiro, duas audiências de mediação no MPT-MA e uma conciliação no TRT-MA, não houve sucesso.
Justiça determinou circulação de 80% da frota de ônibus
Na quarta-feira (12), o SET obteve uma liminar judicial determinando que 80% da frota de ônibus circulasse durante a greve anunciada para segunda-feira (17). A liminar impõe uma multa de R$ 100 mil por dia ao Sindicato dos Rodoviários em caso de descumprimento e proíbe atos como vandalismo, catraca livre, operação tartaruga e piquetes.
Apesar da decisão, 100% da frota permanece paralisada. O SET apontou omissão do Estado e Município sobre a sustentabilidade do transporte e afirmou que o Sindicato dos Rodoviários não formalizou a greve.
(Com informações do g1/MA)