O estado do Maranhão voltou a registrar um tremor de terra na manhã desta quinta-feira (20). Sismógrafos instalados no Piauí apontam que o evento sísmico teve magnitude estimada em 2,1 na cidade de Parnarama, no limite com a cidade de Matões.
Conforme o climatologista Werton Costa, diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí, uma série de tremores tem sido registrada na faixa do Leste Maranhense, na região do Meio-Norte.
“Esses tremores eles têm sido rastreados e mapeados pelas estações sismográficas do LabSis, o laboratório sismográfico vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O LabSis mantém uma parceria muito forte com a Defesa Civil do Piauí e as defesas civis municipais de Floriano e Pedro II, municípios onde estão localizados as estações”, afirmou Werton Costa em entrevista ao MeioNews.
As cidades mais afetadas por essa onda sísmica incluem Caxias, São João do Soter, Parnarama e Matões. Os sismos, que variaram em intensidade, tiveram seu pico máximo com um abalo de 4,1 de magnitude, registrado na noite da última quinta-feira (13).
Segundo o diretor, esses tremores não representam ameaça à integridade das construções ou à população. No entanto, são considerados sintomáticos de uma atividade geológica que ocorre no estado maranhense e que, de acordo com Werton Costa, exige estudos mais aprofundados.
“Ali nós temos um território que, embora esteja dentro de uma bacia sedimentar, que é considerado um terreno geologicamente estável, ele é repleto de fissuras, de pequenas rachaduras nas profundezas chamadas de falhas tectônicas. É o movimento desses blocos rochosos, o lento movimento desses blocos rochosos, que faz com que a energia liberada, ao atingir a superfície, se transforme em um tremor. Em muitos lugares isso é perfeitamente normal”, destacou.
Por fim, o diretor de Prevenção e Mitigação da Defesa Civil do Piauí frisou que o órgão, em colaboração com o LabSis/UFRN, continua o monitoramento 24 horas por dia e irá informar sobre qualquer nova ocorrência ou alteração no quadro sismológico.