Erlino Mendes Oliveira, proprietário da Atlas Assessoria & Imóveis, é o empresário preso nesta quarta-feira (14) sob acusação de chefiar uma associação criminosa especializada na falsificação de documentos em Timon, Maranhão.
Ele, o filho dele, Erlino Júnior, um policial militar do 11 Batalhão da PM de Timon e um ex-funcionário do Cartório do 1º Ofício de Timon foram presos na Operação Paralelo II, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público do Maranhão (MP-MA).
Ao todo, 10 mandados de prisão preventiva foram cumpridos, além de 27 mandados de buscas nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins.
"CARTÓRIO DO CRIME"
"Essa operação está na segunda fase e é contra um cartório do crime, criado por um homem que atendia a todo e qualquer tipo de demanda. Vários criminosos e pessoas com finalidade ilícitas buscavam esse cartório. Desde presos, que buscavam documentos para comprovar propostas de emprego para conseguir benefícios na execução penal para sair dos presídios; gente que queria se aposentar mais cedo; gente que queria aumentar seu score no banco; gente que queria limpar o nome no Serasa; emitir certidões de nascimento, de óbito e até gente que queria passar na OAB", detalhou o promotor Francisco Fernando, do GAECO.
SAIBA A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM NO ESQUEMA:
- Erlino Oliveira: líder do grupo, que encabeçava e executava as falsificações;
- Erlino Júnior: aprendiz do pai nas atividades ilícitas e também negociava com clientes;
- Ex-funcionário do Cartório do 1º Ofício de Timon: braço direito e homem de confiança do líder;
- Policial do 11º BPM de Timon: contratou os serviços de falsificação para veículos.
MAIS DETALHES DA INVESTIGAÇÃO
A investigação foi conduzida pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Timon com apoio do GAECO. A Operação Paralelo II é um desdobramento da Operação Paralelo, realizada em dezembro de 2023 para apurar um esquema de falsificação de documentos como RGs, CPFs, CNHs, atestados médicos, certidões e até fraudes no Exame de Ordem da OAB.
Inclusive, advogados serão os próximos alvos da investigação por suspeita de falsificarem documentos para exercerem o ofício. A Operação Paralelo deve se desdobrar por outras fases.