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Comandante da PM descarta legítima defesa em morte de policial

Relatos colhidos no local do crime indicam que não houve qualquer situação que justificasse uma reação em legítima defesa por parte do autor dos disparos.

Policial morto em vaquejada levou tiros pelas costas, diz tenente-coronel | Foto: Reprodução/Redes sociais
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O comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar (19º BPM), tenente-coronel Claudiomiro Aguiar, se pronunciou nesta segunda-feira (7) sobre a morte de um policial militar, baleado durante uma confusão em uma vaquejada realizada no município de Trizidela do Vale, no domingo (6). O principal suspeito do crime, segundo testemunhas, é o prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT).

De acordo com o tenente-coronel, os relatos colhidos no local do crime indicam que não houve qualquer situação que justificasse uma reação em legítima defesa por parte do autor dos disparos. O policial, identificado apenas como “Dos Santos”, estava de folga no momento da ocorrência.

“Algumas pessoas que estavam próximas, deram informação que ele [o policial] só foi reclamar que ele [o prefeito] estava com o farol alto no rosto das pessoas que estavam lá e ele de imediato já foi saindo, mas não esboçou nenhum tipo de reação pelo que me contaram lá, não esboçou nenhum tipo de reação para que desse entender que o prefeito fosse buscar uma arma e atirasse nele", explicou o tenente-coronel.

Claudiomiro ressaltou ainda que a vítima foi alvejada pelas costas, o que reforça a tese de que não houve ameaça imediata ou confronto. “Até porque o tiro foi nas costas. Aí não tem, acho que não tem como caracterizar como uma legítima defesa já que ele [o policial] estava de costa pra ele [o prefeito] sem arma na mão. É a informação que a gente tem no local”, frisou.

como foi o crime

Segundo o comandante, tudo começou com uma reclamação do policial sobre o uso do farol alto do carro do prefeito. “Ele foi só reclamar porque o farol do carro estava no rosto das pessoas e pediu pra baixar, já que o ambiente lá era tudo iluminado. Eu creio que ele deve ter pedido para que ele abaixasse o farol, que não tinha necessidade do farol alto”, relatou Claudiomiro.

Ele conclui afirmando que não houve discussão prolongada e que o policial já deixava o local quando foi baleado. “Nessa discussão, eu acho que não houve discussão com ele, só falou isso pra ele e saiu. Tanto é que ele virou de costa pra ele [o prefeito] e já ia embora. As pessoas me informaram que ele já ia sair, e nessa saída dele, o prefeito foi no carro e pegou a arma e não conversou mais. A informação que eu tenho é que ele nem chegou a conversar e já chegou dando os cinco tiros no policial”, detalhou.

A vítima foi socorrida inicialmente no Hospital de Pedreiras e depois transferida para outra unidade, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. O caso está sendo investigado pelas autoridades competentes.

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