A Polícia Civil do Maranhão apreendeu, na sexta-feira (29), um adolescente de 17 anos suspeito de ter estuprado a artista circense Camila Gomes durante um assalto a um circo em Central do Maranhão, localizado a 68 km de São Luís. O crime ocorreu no dia 22 de novembro e chocou a região.
O suspeito foi encontrado na zona rural de Guimarães, a 70 km da capital maranhense. Após ser localizado, ele se entregou à polícia após negociações com familiares. O transporte para São Luís foi realizado com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA). De acordo com o delegado Paulo Franco, a investigação apontou o paradeiro do adolescente, facilitando a negociação para sua rendição.
DETALHES DO CRIME
A vítima reconheceu o suspeito porque ele teria retirado a máscara durante o ato criminoso. Camila Gomes relatou que o adolescente atirou contra ela durante o crime, que ocorreu na frente de sua filha de apenas 1 ano.
"Eles [criminosos] chegaram pedindo dinheiro e saíram me arrastando pelos cabelos, enquanto outro me levou para dentro do trailer onde estava minha filha, de 1 ano, dormindo. [...] Ele deu um tiro. Eu senti Deus comigo. Deus fez ele errar a bala para não acertar em mim. Ele botou uma arma na minha cabeça e atirou. No momento, eu só sabia passar a mão na minha filha e na minha cabeça, pra saber se tinha pegado. [...]Eu fiquei em choque. [...] Estou tentando ser forte, pela minha família, por mim também, mas não vou dizer que estou bem", relatou Camila, em um post nas redes sociais.
PRISÕES E INVESTIGAÇÕES EM ANDAMENTO
Além do adolescente apreendido, outros três suspeitos foram presos na quinta-feira (28). Dois menores envolvidos foram encaminhados para um Centro Socioeducativo em São Luís. Segundo a Polícia Civil, um quinto suspeito está em negociação para se entregar.
As investigações apontam que o crime foi cometido por um grupo de cinco homens. Armados e violentos, eles invadiram o circo após o último espetáculo, roubando dinheiro, objetos pessoais. Além da jovem que foi estuprada, algumas outras pessoas foram agredidas pelos bandidos, dentre eles, dois idosos que são pais dos donos do circo. Uma das vítimas tem alzheimer e teve ferimentos.
A artista circense, que vive de forma itinerante com sua família, está recebendo atendimento médico e psicológico. Devido ao trauma e ao medo, o circo cancelou as apresentações restantes em Central do Maranhão e decidiu deixar a cidade.
“Nossa família está devastada. Queremos justiça para que crimes como esse não se repitam", declarou Poliana Ostok, mãe da vítima e proprietária do circo.
Com informações do g1