Zinho completa um mês no Fla e diz: “Mais difícil do que eu achava”

Diretor diz que falhou na recuperação de Ronaldinho Gaúcho e alerta: “Se ele continuar com a mesma vida, infelizmente, vai ser difícil”

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Zinho completa neste domingo 30 dias como diretor de futebol de Flamengo. Desde que assumiu o cargo, não teve mais tempo para levar os filhos ao colégio nem curtir um cineminha com a mulher. Problemas até pequenos perto do filme que teve como protagonista Ronaldinho Gaúcho e a saída de forma conturbada, sem um único telefonema para o dirigente e com uma cobrança de mais de R$ 40 milhões na Justiça. Esse foi, segundo Zinho, seu primeiro grande objetivo frustrado no clube em que nasceu e cresceu para o futebol.

- De início, não consegui o meu grande objetivo no Flamengo, que era fazer com que o Ronaldinho voltasse a jogar o que todos nós sabemos que ele pode render. Estou triste, frustrado, eu não consegui isso. Que realmente a história dele no Flamengo não foi bonita, não foi - afirmou o diretor.

Antes da primeira entrevista depois do episódio Ronaldinho Gaúcho, Zinho chegou a dizer que não comentaria o caso. Mas, em 58 minutos de conversa, regada a um café e uma água com gás, o dirigente falou sobre o ex-camisa 10, revelou o motivo de ter encoberto algumas indisciplinas e trouxe à tona o teor de algumas conversas motivacionais que teve com o jogador, hoje no Atlético-MG.

- Eu disse: "Fica aqui, vou te proteger, vamos lá, não vai sair daqui, vou comprar o seu barulho, mas quero você comigo, preciso de você, você é uma estrela, um talento, tem 33 anos, tem muita coisa para fazer, render". Mas que ele tenha sucesso e tire lições. Se ele continuar com a mesma vida, infelizmente, vai ser difícil - disse.

Prestes a completar 45 anos ? no próximo dia 17 ?, Zinho tem um currículo com títulos e sem marcas de indisciplinas. Campeão do mundo pela Seleção em 1994, criado na base do Flamengo, ele sempre pautou sua carreira e sua vida pelo profissionalismo e pela disciplina, mas diz que não é "nenhum santinho". Com estilo franco, o diretor fala com olhar fixo nos olhos do interlocutor. Comenta os problemas, evita se prolongar ao ser questionado sobre uma indisposição com Cuca, quando ainda era jogador do Flamengo, e afirma que, caso Adriano seja contratado, terá que se enquadrar nas regras de profissionalismo.

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