Uma parte da torcida do Palmeiras pode até não dar o braço a torcer, mas é bem nítida a evolução de Zé Rafael desde a sua chegada ao clube, assim como é bem clara a melhora do jogador sob o comando de Abel Ferreira. Mesmo sem agradar a todos, o camisa 8 é um dos preferidos do técnico português e parte para mais uma final com status de essencial na montagem do esquema. Agora o objetivo é conquistar o título inédito da Recopa Sul-Americana de 2022.
Contratado pelo Verdão para a temporada 2019, Zé chegou com muita expectativa pela grande ano de 2018 que fez com o Bahia. Pelas turbulências do clube ou por outros assuntos, fato é que ele não se firmou sob o comando de Felipão e Mano Menezes, e causou desconfiança na impaciente torcida palmeirense. Em 2020 melhorou e com Luxemburgo foi campeão paulista.
Mesmo assim, ele não convencia o torcedor alviverde, mas a chegada de Abel Ferreira mudou tudo. Com o português, além da confiança, ele ganhou a paciência que talvez não tenha recebido antes e se tornou peça fundamental nas conquistas em todo esse período, como as Libertadores e Copa do Brasil.
- Ele é o nosso Robocop. Jogador que todo treinador gosta, vai entrar com tudo o que tem. Tivemos paciência para o Zé crescer. Temos de ter a mesma paciência com quem está chegando agora. O Atuesta, o Navarro. A mesma paciência que tivemos com o Zé, e ele foi capaz de suportar as críticas e acreditar no que o treinador lhe dizia. O que eu espero dos nossos torcedores é apoiar os nossos jogadores, o nosso elenco - disse Abel em entrevista coletiva.
Privilegiado fisicamente e dedicado nos treinos, Zé Rafael recebeu do destino a sorte de poder trabalhar com Abel Ferreira, que tem por característica abraçar o elenco que tem e potencializar cada jogador com quem tem a oportunidade de lidar em campo. Segundo o treinador, o meia é a prova de tudo isso.
- Eu, por norma, costumo sempre apoiar meus jogadores. Pessoalmente, posso falar do que não gostei, mas são nossos jogadores. Da nossa parte, precisam de apoio, porque são os nossos. Eu digo isso ao nosso torcedor. Para mim, são os melhores, é com eles que eu conto e o Zé é prova disso. Prova da resiliência, do trabalho, contra elogios e críticas sabe o que fazer - declarou Abel.
De criticado pelo torcedor e praticamente relegado a um jogador que não daria certo no clube, Zé Rafael virou exemplo no elenco do técnico português. Mais do que isso, ele se tornou essencial no esquema, principalmente nas decisões. No último domingo, contra a Inter de Limeira, pelo Paulistão, ele foi o capitão.
- Hoje é um exemplo para os outros, tem uma influência positiva nos mais jovens. Só jogando e participando que podemos evoluir, seja o Giovani, o Bicalho, o Renan. Todos juntos estamos aqui para ajudar a crescer como jogadores e homens - completou Abel.
Das duas derrotas que esse time teve no tempo normal em finais, nas duas o meia não esteve presente (jogos de volta da Recopa-2021 e do Paulistão-2021). Na Supercopa-2021 e no Mundial-2021 ele esteve em campo, mas as derrotas vieram nos pênaltis e na prorrogação, respectivamente. No Paulistão-2020, nas duas Libertadores, e na Copa do Brasil, ele sempre foi titular do Verdão.
A primeira vez que Zé Rafael disputou uma final pelo Palmeiras sem estar no 11 inicial foi diante do Athletico-PR, na ida da Recopa-2022. Isso porque ele voltava de lesão e não estava 100% para começar a partida, apenas entrou no segundo tempo. No entanto, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, o meio-campista está à disposição de Abel Ferreira para ajudar a equipe a buscar mais um título desde o início da decisão. Será a 11ª partida de final do meia pelo Alviverde.
Com informações Lance!