Webber ousa na tática, vence o GP da Hungria e é o novo líder; Massa termina em 4°

Alemão comete irregularidade na entrada do safety car e chega em terceiro, atrás de Alonso. Massa fica em quarto, mas longe do companheiro espanhol

Webber vence o GP da Hungria | Reuters
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O domínio da RBR no fim de semana em Hungaroring foi tanto, que apenas uma besteira da equipe poderia tirar uma vitória quase certa no GP da Hungria. E o olha que o time austríaco tentou: Sebastian Vettel foi punido por um erro primário na pista, e Mark Webber usou de uma tática arriscada para tentar ganhar a prova. No fim das contas, a aposta do australiano rendeu bons dividendos. Com voltas muito rápidas antes do pit stop na 43ª volta, abriu uma enorme vantagem para Fernando Alonso, o segundo colocado, e voltou da parada com boa folga. Depois, foi só receber a bandeirada para conseguir sua quarta vitoria na temporada e assumir a liderança do campeonato.

Alonso chegou em segundo com sua Ferrari após resistir à pressão de Vettel, o terceiro, na parte final da corrida. O alemão teve de cumprir um drive through - passagem pelos boxes - após cometer uma irregularidade antes da saída do safety car, que entrou na pista após um pedaço de uma asa dianteira ter ficado jogada no meio da pista. Só que, no momento da relargada, ele deixou que o líder Webber abrisse mais de dez carros de vantagem e acabou punido pela direção de prova.

Felipe Massa fez uma corrida discreta e chegou na quarta posição. O brasileiro da Ferrari chegou a cair para quinto na entrada do safety car, mas teve sorte com a quebra de Lewis Hamilton. O inglês sofreu um problema mecânico na 24ª volta e parou no meio da pista. Com o abandono, caiu para a segunda posição no campeonato, quatro pontos atrás de Webber. Vitaly Petrov, da Renault, conseguiu seu melhor resultado do ano com o quinto lugar.

Se a corrida não teve tantas emoções na frente, a disputa pela décima posição nas últimas voltas valeu a prova. Rubens Barrichello, que fez um pit stop tardio e estava com os pneus supermacios, se aproximou rapidamente de Michael Schumacher. Após algumas voltas colado, o brasileiro colocou o carro de lado na 66ª passagem. O heptacampeão espremeu o rival até o muro, quase causando um acidente grave, mas o piloto da Williams completou a ultrapassagem e levou o ponto na Hungria. O alemão da Mercedes ainda pode ser punido pela atitude antidesportiva no GP.

A corrida

Como é tradicional em Hungaroring, o dia da corrida teve muito sol e calor, com temperatura ambiente de 28ºC. Circuito com pouquíssimos pontos de ultrapassagem, as emoções normalmente acontecem na largada. E neste ano não foi diferente. Vettel manteve a frente na largada, mas Webber, que saía pelo lado sujo, perdeu a segunda posição para Alonso. Massa se manteve em quarto.

Barrichello foi um dos que mais lucrou na largada. O brasileiro pulou de 12º para a nona posição. Ele tentava uma tática diferente: enquanto a maioria dos pilotos à sua frente saía com os pneus supermacios, seu carro estava com os duros e poderia retardar o pit stop. Um pouco mais à frente, Hamilton passava Petrov por fora para assumir a quinta posição.

A corrida, então, entrou na tradicional fila indiana de Hungaroring, com Vettel destacado na frente, e Alonso segurando Webber em terceiro. Massa vinha em quarto, já mais distante. O cenário permaneceria inalterado até a 15ª volta, quando um pedaço da asa dianteira de Liuzzi apareceu no meio da pista após uma disputa com Button.

A direção de prova achou melhor colocar o safety car na pista, o que provocou uma ida maciça aos boxes para os pit stops. Webber, no entanto, permaneceu na pista e assumiu a ponta. Vettel caiu para segundo, com Alonso em terceiro. Massa perdeu a quarta posição para Hamilton. Mas uma série de trapalhadas nos pits seria o destaque deste momento da corrida: a Renault liberou Robert Kubica na hora errada e ele bateu em Adrian Sutil. Um pouco antes, a Mercedes não prendeu bem a roda traseira direita de Nico Rosberg. Ela se soltou e o alemão teve de abandonar.

Na 18ª volta, o safety car entrou nos boxes, e Webber manteve a primeira posição na relargada. Vettel, por sua vez, cometeria um erro primário ao deixar o australiano abrir mais que dez carros após a saída do carro de segurança. A direção de prova anunciou a investigação do incidente e puniu o alemão na 29ª passagem. Antes de cumprir a pena, ele começou a andar rápido para tentar abrir do espanhol da Ferrari.

Com voltas em ritmo de treino classificatório, Webber abria uma enorme vantagem para Alonso, mesmo com seus pneus supermacios já muito desgastados. Vettel entrou nos boxes na 32ª volta para cumprir o drive through, mas só perdeu uma posição e caiu para terceiro. Nesta altura, o australiano já tinha 16s1 de frente, mas ainda precisaria de pelo menos mais dois segundos para fazer o pit stop.

Na volta 41, já com 23 segundos de vantagem, a RBR avisou Webber que a vantagem já era suficiente para fazer seu pit stop e voltar na frente. Após duas passagens, o australiano entrou nos boxes, colocou os pneus duros e voltou na frente de Alonso com boa folga. Nesta altura, o espanhol já tinha Vettel, irado com a punição que recebeu, nos seus calcanhares.

Embora estivesse perto, Vettel não conseguia colocar seu carro em condições de ultrapassar Alonso e Webber tinha 20 segundos de vantagem para os dois nesta altura.

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