Vulcão na Islândia atrasa programação das equipes

Lucas di Grassi terá poucas atualizações em Barcelona graças ao atraso na programação de sua equipe

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Acostumada a fazer tudo no menor tempo possível, sempre regulada por cronômetros muito bem calibrados, a Fórmula 1 viveu uma situação incomum nas últimas semanas. O caos aéreo na Europa causado pela erupção do vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull, na Islândia, pouco antes do GP da China, colocou a categoria de pernas para o ar.

Vários integrantes de equipes ficaram quase uma semana presos no país asiático, graças a cancelamentos de voos programados para a Europa. Quem tentou a sorte teve de escolher outra rota. A Ferrari, por exemplo, teve de fretar um avião para levar seus funcionários, incluindo os pilotos, de volta à Itália. De quebra, ainda "deu carona" para alguns sortudos como Robert Kubica (Renault), Jarno Trulli (Lotus) e Vitantonio Liuzzi (Force India).

Já o brasileiro Lucas di Grassi, piloto da VRT, desistiu de passar na sede do time e em sua casa, ambas na Inglaterra, para vir direto ao Brasil e aproveitar as semanas de folga da F-1. Mas não foi uma tarefa fácil. Em vez do trecho inicial Xangai-Londres, ele optou por sair da cidade chinesa, fazer uma escala em Hong Kong, outra em Toronto (Canadá), para, finalmente pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Tudo isso em "agradáveis" 40 horas de voo. Uma maratona, em suma.

Se os problemas ficassem apenas no cansaço, no entanto, não seria tão ruim. Só que a situação piorou. A equipe do brasileiro demorou cinco dias pra voltar à Inglaterra, o que atrasou a programação para o GP da Espanha. A VRT tinha três carros na China - os dois da corrida e um reserva. Na Europa, outros engenheiros já instalavam atualizações no quarto chassi, que estava na fábrica. O caos aereo causado pelo vulcão não deixou que as modificações fossem realizadas nos outros modelos.

- Depois da China, a equipe teve outra "corrida" particular, que era a volta à Londres para começar o trabalho de atualização dos carros para a temporada europeia. Infelizmente, o vulcão na Islândia atrapalhou bastante os nossos planos. Estou um pouco desapontado por dirigir a versão antiga do chassi, já que não tivemos tempo suficiente para atualizar os dois carros - diz.

Em Barcelona, apenas o carro de Timo Glock, companheiro de Lucas, terá as atualizações, como o maior tanque de combustível. O brasileiro só terá esta novidade no GP da Turquia, mas já contará com mudanças aerodinâmicas e mecânicas. Em Mônaco, o reservatório menor não é um problema, por causa da menor média de velocidade do circuito.

Já Rubens Barrichello teve menores problemas. O brasileiro da Williams gastou "apenas" 14h45m para chegar ao Brasil. Ele relata que os engenheiros de sua equipe também tiveram problemas para chegar à Inglaterra, mas o trabalho para o GP da Espanha não foi tão afetado.

- Para falar a verdade, minha volta foi tranquila. Demorou porque o trajeto era longo. Foram 8h30m da China, com espera em terra por volta de 6h, ao Brasil. No total, 14h45m. Minha equipe só conseguiu chegar depois de uma semana na Inglaterra e logicamente o trabalho foi afetado minimamente. Digo minimo porque o trabalho maior foi de tunel de vento e este não parou para nada.

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