Ofendida por um dirigente italiano durante sua passagem pela equipe do Soverato, a jogadora de vôlei brasileira Jaline Prado de Oliveira está com dificuldades para deixar o país. Ex-atleta dos extintos times do Flamengo e do Vasco, ela teve cancelada sua passagem de volta ao Brasil após brigar com o presidente do clube, Antonio Matozzo.
Jaline deixou de atuar pelo Soverato, da Série B do país, em dezembro do ano passado, quando Matozzo disse que lhe daria um ?chute na bunda? caso ela não fizesse mais de 30 pontos por partida. À época, a brasileira declarou ter sido tratada ?como cachorro?. Revoltada, a oposta foi à Justiça local buscar seus direitos. Na semana passada, venceu a primeira parte do processo, mas, na sequência, diz ter recebido o ?troco?:
- No contrato das estrangeiras, a equipe é obrigada a pagar a passagem de ida e volta. Meu bilhete era para 27 de maio, mas era só mudar a data para do dia que eu iria viajar, quinta-feira passada. (...) Só que ele ficou com raiva porque eu declarei a verdade, foi na agência e anulou o meu bilhete pedindo o reembolso, que foi uma mixaria de 40 euros para uma passagem que custou 1400 euros.
Enquanto tenta viabilizar outra passagem com uma associação local, Jaline já denunciou Matozzo à polícia:
- Com um comportamento desse não precisa nem dizer que tipo de ser humano ele é. A Justiça de Deus não falha, Ele será meu o advogado e me enviará anjos protetores para me dar forças e eu não desistir.
Na Justiça italiana, ao menos, Jaline já conseguiu o direito de receber o todo o valor correspondente ao contrato rompido pelo Soverato antes do tempo ? caso o dirigente não pague, terá algum bem penhorado. A briga nos tribunais, porém, continua já que a brasileira também está processando Matozzo por difamação e calúnia, visto que o presidente a acusou de ter ido contundida para o clube, o que ela nega.
Por conta de todo esse imbróglio, Jaline está sem atuar desde o segundo semestre do ano passado.