Derrotada pela Itália no último domingo (8), a seleção brasileira feminina de vôlei se recuperou nesta sexta-feira (13). Diante da República Dominicana, o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães teve uma atuação consistente e venceu por 3 sets a 0, parciais de 25-14, 25-18 e 25-14.
Para o segundo final de semana do Grand Prix, o treinador promoveu uma alteração: melhor atacante do jogo contra as italianas, Natália deixou a oposta Sheilla na reserva. Bastante deficiente na última partida, a linha de passe do Brasil se manteve a mesma (Mari, Jaqueline e Fabi) e, desta vez, mostrou um desempenho bem melhor.
O mesmo não é possível dizer do passe dominicano. Ex-assistente da seleção brasileira, Marcos Kwiek tentou uma série de alterações, mas nenhuma teve o efeito desejado.
Além disso, Natália e Thaísa sacaram muito bem, especialmente no segundo set, o mais complicado de todos. Não por acaso, as duas foram as maiores pontuadoras do jogo, com 13 acertos cada.
O bloqueio verde-amarelo apareceu pouco, mas contou com uma grata surpresa: Dani Lins. "Baixinha", a jogadora de 1,81m foi a principal pontuadora do Brasil neste fundamento, com três acertos. Os pontos cedidos de graça às rivais também diminuíram, foram apenas 13.
O Brasil volta à quadra neste sábado (14), às 3h (horário de Brasília) para encarar a Holanda, que conta com a perigosa oposto Manon Flier, uma das melhores atacantes no mundo. No domingo, a partir das 4h30, o adversário é a China.
O jogo
O jogo começou com a defesa brasileira um pouco hesitante, especialmente nos contra-ataques. Este foi o único motivo pelo qual as campeãs olímpicas não abriram uma vantagem grande logo no início. Com o placar em 8-6, Zé Roberto aproveitou o primeiro tempo técnico para acertar o posicionamento e, a partir daí, a equipe deslanchou.
O saque do Brasil também era muito eficiente, quebrando ainda mais o deficiente passe dominicano. Reflexo disto foi o excesso de falhas das caribenhas no ataque: cinco dos seis pontos cedidos em erros às brasileiras nesta parcial vieram desta forma. Por outro lado, as ponteiras Jaqueline e Mari tinham atuação quase perfeita.
Mesmo quando a recepção não era das melhores, o ataque virava: foi assim no 19º ponto do Brasil, quando Mari não conseguiu dar direção a um forte saque rival, mas Dani Lins foi capaz de mandar uma boa bola para Jaqueline converter. Pouco depois, com um ataque de Mari, o Brasil fez 25-14 e 1 set a 0 no placar.
No segundo set, o nível de acerto das brasileiras diminuiu, especialmente na fase final da etapa. Porém, os bons saques de Natália e Jaqueline compensaram esta falha: juntas as duas fizeram seis aces na etapa, além de continuar provocando um desastre na defesa rival.
A oposta ainda passou a aparecer mais no ataque e, apesar de alguns erros, foi importante para o Brasil. O bloqueio também teve mais presença e foi justamente desta forma, com Thaísa impedindo um ataque de Nuñez, que o país ampliou a vantagem para 2 sets a 0.
O duelo estava tão tranquilo para o Brasil que, no terceiro set, Zé Roberto aproveitou para dar ritmo de jogo a Adenízia, que entrou no lugar da capitã Fabiana, e para Sassá, substituta de Mari. A levantadora reserva Fabíola foi outra que ganhou sua chance na metade da etapa e, mesmo sem seu ataque mais potente, a seleção não teve maiores problemas para se manter à frente e fechar a partida com 25/14, graças a uma bola fora das dominicanas.