A mulher que acusa três ex-jogadores do Botafogo-SP de estupro conta em detalhes como tudo aconteceu. O fato ocorreu ano passado. Eduardo Hatamoto, João Diogo e o argentino Lucas Delgado estavam em Volta Redonda, junto com a delegação do time. Eles iriam enfrentar a equipe da casa, pela Série C do Campeonato Brasileiro.
“Eles tentaram, vieram para cima de mim, um deles me mordeu no peito. [...] Foi o argentino que abriu a porta, ele nem ligou, me deixou lá me virando. Chegavam perto, falavam: 'Vamos brincar nós três'. Falei que não queria. Um deles falou: 'Deixa essa vagabunda ir embora porque ela não quer dar'. Consegui empurrar e saí dali. Eram três homens no quarto, se eu fizesse um escândalo. Só queria sair”, contou, em entrevista ao programa Superpop, da RedeTV.
Sexo consensual
Segundo boletim de ocorrência, a mulher conheceu um dos atletas em uma boate do Rio de Janeiro.Os dois foram à um hotel na região Central da cidade, onde fizeram sexo consensual.
Porém, outros dois jogadores entraram no quarto e tentaram obrigar a vítima a ter relações com eles também. Após ela ter negado, os atletas a agrediram e a ofenderam.
“Ele [Lucas Delgado] veio logo em seguida. Já chegou pelado e perguntei se ele tinha preservativo. Ele deu a entender que não ia colocar. Ele veio para tomar banho comigo, encaixou o braço em mim e foi questão de segundos, já saiu ejaculando. Aí tinha alguém batendo na porta, falei pra não abrir porque estava me vestindo. Ele nem ligou mais pra mim, abriu a porta e, em seguida, eles entraram no banheiro pra tentar alguma coisa”, afirmou.
Nota
Na época o Botafogo, informou por nota, que jogadores citados pela mulher deixaram a concentração por volta da 1h, logo após a delegação chegar ao Rio de Janeiro. E que não estava autorizada a saída dos atletas, pois iriam viajar no início da manhã seguinte”.
O trio teve o contrato com o clube paulista rescindido. Hatamoto foi acusado de estupro, Alexis Lucas Delgado de dissimulação (posse sexual mediante fraude) e João Diogo Jennings de injúria e importunação sexual.
A vítima procurou a polícia na época e tomou o kit estupro.