Acelino "Popó" Freitas, ex-campeão mundial de boxe, revelou ter sofrido uma significativa perda financeira após cair em um esquema de pirâmide envolvendo criptomoedas. Durante uma entrevista a um programa de TV, o pugilista compartilhou que se tornou mais uma das vítimas da empresa Braiscompany, que enfrenta acusações de prejudicar outros investidores. O golpe também deixou outros famosos em estado de choque.
"Cometi um erro grave, fui ingênuo e incauto. Não existe um retorno de 8% em qualquer lugar do mundo. Fui golpeado de maneira severa, mas esse indivíduo nocauteou muita gente, muitos estão passando por dificuldades e enfrentando escassez de recursos", refletiu Popó.
Ele ainda expressou admiração pelas promessas feitas pelo empresário, que se apresentava como um "especialista em criptomoedas".
"Fiquei impressionado com a forma como ele se apresentava, as transmissões ao vivo diárias que ele fazia e o poder de persuasão, fazendo com que tudo parecesse real."
"Eu investi um milhão de reais, consegui retirar um rendimento no primeiro mês, mas no segundo mês, todo o dinheiro desapareceu. Ganhei dinheiro apanhando no ringue, mas recuperar meu dinheiro não foi brincadeira."
Magno Alves também caiu na armadilha
Para quem não sabe, Popó não foi o único indivíduo ligado ao mundo esportivo a ser enganado pela Braiscompany. O ex-atacante Magno Alves também alegou ser vítima de um golpe no valor de 32 milhões de reais e ingressou com uma ação na justiça.
O ex-jogador icônico do Fluminense iniciou seus investimentos com a empresa em fevereiro de 2021, com a promessa de rendimentos mensais variando entre 3% e 10%. Após um ano, esperava a devolução do montante investido.
Segundo o Ministério Público Federal, a Braiscompany contava com 18.570 clientes, com investimentos que poderiam totalizar R$ 1,15 bilhão.
Devido ao processo, a Polícia Federal realizou a apreensão de aeronaves, veículos de luxo, joias, relógios, dólares em espécie e diversos dispositivos eletrônicos pertencentes aos proprietários da Braiscompany.
Vale ressaltarq que a PF também alega possuir evidências de aquisições de imóveis e aeronaves pelos proprietários da empresa, que também foram alvo das apreensões realizadas na "Operação Halving". Documentos como contratos particulares de compra e venda de imóveis e escrituras públicas de compra e venda também foram confiscados como parte das investigações.