Lembra aquela virada sensacional do Palmeiras no Uruguai naquele jogo que terminou em pancadaria na Libertadores? Essa frase vai ser dita ao longo dos próximos anos e décadas, principalmente por torcedores do Verdão. A vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, na noite de quarta-feira, em Montevidéu, é daqueles momentos que ficam marcados, pelo bem e pelo mal, na memória de quem respira o futebol.
Antes da lamentável briga generalizada no fim do jogo histórico, no estádio Campeón del Siglo, o que se viu foi uma partida repleta de alternativas, mudanças táticas, dois tempos distintos, troca de domínio, erros dos dois lados, cinco gols e emoção. Por tudo que aconteceu dentro e fora de campo, o Palmeiras sai mais forte do nunca na briga pelo título da Taça Libertadores de 2017. Líder do Grupo 5, com dez pontos, o Verdão só precisa de um empate, faltando dois jogos na fase de grupos, para avançar às oitavas de final.
Felipe Melo conquistou ainda mais a torcida alviverde por sua raça, sem entrar em juízo de valor sobre a troca de agressões com os uruguaios. Porém, dificilmente alguém teve de suportar uma carga emocional mais pesada do que o técnico Eduardo Baptista. Após um primeiro tempo sofrível do Palmeiras, muito em função de uma escolha do treinador, ele mexeu no time no intervalo, e foi fundamental para o triunfo de virada. Por tudo que aconteceu na noite de quarta, o comandante não conseguiu segurar a emoção e desabafou em forte entrevista.