O Vasco reagiu com supresa à notícia de que um oficial de Justiça, de posse de um mandado de segurança, foi a São Januário e à sede da Federeção de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) para impedir a transferência de Dedé para o Cruzeiro. Tudo por conta de uma dívida que o clube carioca tem com a Fazenda Nacional. De acordo com o diretor geral cruz-maltino, Christiano Koehler, os cerca de R$ 14 milhões pagos pelos mineiros já não estão mais de posse do Vasco.
- Nós não recebemos qualquer notificação ou comunicado oficial. Mas de qualquer maneira, recebemos os recursos à vista e já os utilizamos integralmente para o pagamento de salários atrasados, encargos trabalhistas e outras das muitas dívidas do clube. O caso está com o departamento jurídico do Vasco, mas, sinceramente, não sei mais o que pode ser feito - ressaltou.
Segundo Koehler, o clube chegou a dever mais de R$ 50 milhões somente à Fazenda. Hoje, a dívida está na casa dos R$ 30 milhões, depois de descontados os recursos bloqueados para o pagamento deste débito. Há a informação de que o Cruzeiro já depositou na conta cruz-maltina uma primeira parte dos R$ 14 milhões referentes aos 45% dos direitos econômicos do zagueiro a que o Vasco tinha direito.
Em São Januário, as tratativas com a Fazenda Nacional para renegociação da dívida já duram meses. A ideia da diretoria é fazer um parcelamento de 20 anos de duração, de forma que as prestações não sejam superiores a R$ 100 mil. Dos cerca de R$ 200 milhões que o clube deve às esferas do governo federal, outros R$ 50 milhões ainda não estão em estágio de não execução. Ou seja, sem provocar novas penhoras.
Após ser notificada, a Ferj informou que vai cumprir a ordem judicial e que não vai realizar a transferência de Dedé do Vasco para o Cruzeiro.