Desde o início da Guerra na Ucrânia, em 2022, os atletas ucranianos da esgrima evitavam competir contra os russos. No entanto, nesta quinta-feira (27), a medalhista olímpica Olga Kharlan quebrou essa extensa trégua e competiu pela primeira vez contra uma adversária do país vizinho.
No Mundial em Milão, na Itália, a esgrimista Olga Kharlan conquistou uma vitória por 15 a 7 sobre Anna Smirnova, mas optou por não apertar a mão da competidora russa ao final do duelo, o que resultou em sua desclassificação. A tenista ucraniana Elina Svitolina expressou seu apoio ao gesto de sua compatriota nas redes sociais.
Após a postura de Olga Kharlan, Anna Smirnova não aceitou a atitude da esgrimista ucraniana e permaneceu sentada em uma cadeira no meio da pista por 50 minutos, aguardando uma punição à adversária. O torneio tomou a decisão de aplicar um cartão preto a Olga, o que resultou na classificação automática da búlgara Yoana Ilieva para as oitavas de final.
A Federação Internacional de Esgrima (FIE), cuja presidência é de responsabilidade do russo Alisher Usmanov, não emitiu nenhum comunicado a respeito da desclassificação. É importante ressaltar que a decisão de não apertar as mãos após os jogos não se limita apenas à esgrima, sendo observada em outras modalidades esportivas também.
A tenista ucraniana Elina Svitolina tem se manifestado repetidamente, recusando-se a cumprimentar adversárias da Rússia e da Bielorrússia em competições internacionais de tênis. Ela expressou em suas redes sociais o seu apoio ao gesto da compatriota e enfatizou a importância do respeito às organizações internacionais do esporte.
“Nós não vamos apertar as mãos de atletas russos e bielorrussos. Esse é o nosso posicionamento. Peço que as organizações internacionais dos esportes e as federações respeitam a nossa decisão. Todo nosso amor e respeito vai para Olga Kharlan”, declarou a competidora nas redes sociais.