A confusão generalizada ao fim do jogo entre Atlético-MG e Arsenal de Sarandi, na última quarta-feira, começou após uma troca de empurrões entre Nervo, jogador do time argentino, e um policial militar brasileiro. Um vídeo mostra que os PMs entraram no gramado em velocidade e buscaram isolar os árbitros dos protestos dos argentinos, que não se intimidaram.
Um policial chega perto dos jogadores, afastando um deles com um pequeno empurrão com a mão direita. Em seguida, faz o mesmo com Nervo, usando o braço esquerdo com o escudo. Nervo, então, responde com um empurrão com as duas mãos no policial, que, por sua vez, bate com o cassetete na coxa de Pérez.
O camisa 15 do Arsenal imediatamente revida com um chute, que pega no escudo do PM. Então, parte dos jogadores argentinos se afasta, até que Marcone corre e dá um soco em um policial que estava de costas. A partir daí, começa a correria no gramado, com policiais e jogadores mantendo certa distância.
Um policial tenta acertar Nervo com o cassetete, e um atleta chuta o rádio que estava na mão de um dos PMs. Outros policiais, então, chegam ao campo e apontam armas de munição de borracha para os jogadores, que voltam a se afastar enquanto um integrante da comissão técnica do Arsenal chuta um PM pelas costas.
O secretário-geral da Conmebol, José Luis Meiszner, criticou duramente a atuação da Polícia Militar de Minas Gerais.
- O que a polícia do Brasil fez ontem à noite aos jogadores do Arsenal-ARG é imperdoável e incompreensível, não se pode repetir - afirmou.
Os policiais alegam que apenas se defenderam das agressões dos jogadores argentinos. Atletas do Arsenal chegaram a ser detidos no estádio, mas, com o pagamento de uma multa, foram liberados e voltaram para a Argentina. O Atlético venceu o jogo por 5 a 2, mesmo placar do jogo de ida, e lidera o grupo 3 da Libertadores com 100% de aproveitamento.