Três vezes melhor do planeta, Messi almeja Copa do Mundo

Com todas as conquistas possíveis pelo Barcelona e individualmente, craque argentino deseja contemplar povo de seu país em pleno Maracanã

Messi | Globo Esporte
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Cinco vezes campeão da Liga Espanhola, entre outros títulos nacionais, três vezes campeão da Liga dos Campeões, duas vezes campeão do Mundial de Clubes da FIFA. Com a camisa azul-grená do Barcelona, Messi também escreve sua história como ícone. Além das conquistas coletivas, o craque possui uma imensa lista de troféus individuais. No entanto, ainda falta algo: uma Copa do Mundo. Campeão mundial sub-20 e campeão olímpico, o craque argentino estará com 27 anos e poderá estar vivendo o ápice da sua forma física em 2014, justamente no Brasil.

- Ele tem uma meta, que é a de ser campeão com a Argentina, porque ele ama a Argentina - disse Maxi Biancucchi, atacante do Olímpia do Paraguai, ex-Flamengo, que ficou famoso entre os brasileiros por ser o primo de Messi.

O que poderia ser apenas uma ansiedade e cobrança, quase se transformou em decepção para os argentinos. Quando ainda atuava na base do Barça, Messi foi cortejado para se naturalizar espanhol e defender a Fúria a partir da categoria sub-17. Ele disse não, preferiu permanecer argentino em todos os níveis, inclusive futebolisticamente.

- Eu digo sempre que fui tocado pela sorte por ter trazido o Messi da Espanha para fazer a primeira partida pela Argentina. Corríamos o risco de perdê-lo para os espanhóis - disse Hugo Tocalli, atual coordenador de base do Argentino Juniors e ex-técnico do time sub-17 da seleção argentina.

Decidido a vestir a camisa alviceleste, Messi foi reserva em 2006, na Alemanha, quando se tornou o quinto mais jovem da história a fazer um gol em Copa do Mundo, com apenas 18 anos. Mas seu país foi eliminado nas quartas de final pelos donos de casa. Em 2010, em solo sul-africano, nova eliminação nas quartas. E dessa vez sem gol do camisa 10. Hoje, são 70 jogos pela seleção, com 26 gols.

Quem é melhor, Messi ou Maradona?

Dois nomes começados com a letra M que são exaltados no mundo do futebol. Dois atletas elevados à categoria de Deus em suas épocas. Dois nascidos na Argentina, longe do centro de Buenos Aires (Diego Armando nasceu em Lanús, província da capital, e Messi, em Rosário, província de Santa Fé), mas que ganharam o coração dos argentinos para depois conquistarem o mundo. Dois ídolos e campeões pelo Barcelona. Um tem Copa do Mundo, e o outro a persegue.

- Maradona foi o melhor condutor, Messi é um melhor definidor. É mais parecido com o Pelé do que com Maradona, embora sejam canhotos - opinou Tocalli.

Em 2008, Cristiano Ronaldo, ainda atuando pelo Manchester United (hoje defende o Real Madrid, maior rival do Barça), foi eleito o melhor jogador do mundo. Mas o português não sabia que uma rivalidade nos anos seguintes estaria por vir. Em 2009, em 2010 e em 2011, viu Messi empatar, superar e abrir vantagem sobre sua marca.

- Ele tem a sua personalidade, eu tenho a minha. Ele tem sua maneira de jogar, eu tenho a minha. Ele joga num clube grande como eu. Somos diferentes em todos os aspectos - analisou Cristiano Ronaldo.

Na temporada 2011/2012, pela quarta vez consecutiva, Messi foi artilheiro da Liga dos Campeões: 14 gols, feito nunca antes alcançado na história. Na Liga Espanhola, outro recorde: 50 gols. Tornou-se o maior artilheiro do Barcelona com 253 gols. Pela Argentina, média de um gol por jogo.

Quando tinha nove anos, ainda morando em Rosário, cidade onde nasceu, sua família descobriu que ele sofria de um problema hormonal ocorrido em um a cada 20 mil nascimentos, e que atrapalharia seu crescimento. Foi então que iniciou uma fase de tratamento ainda no seu clube de infância, o Newell"s Old Boys. Ele mesmo produzia suas próprias injeções. Foram quase duas mil agulhadas. Depois seguiu para Buenos Aires e foi parar no River Plate, que não quis arcar com as despesas médicas. Sua família atravessou o oceano e foi parar em Lérida, na Espanha, para viver na casa de um tio. Messi e seu pai resolveram tentar a sorte e o jovem fez um teste para a base do Barcelona, dando início à história.

- Baixinho, queria crescer e jogar futebol. Tinha um metro e vinte e cinco, mais ou menos. Eu dizia pra ele: "Quando você estrear no profissional do Newell"s, você vai fazer um gol e dedicar a mim". Ele ainda me deve essa - disse o médico que cuidou de Messi, Diego Schwarzstein, torcedor fanático do Newell"s Old Boys, maior rival do Rosário Central.

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