Uma cena feia. Pouco antes do apito inicial da partida entre Grêmio e Nacional-URU, nesta quinta-feira, torcedores localizados na região da Geral na Arena, atrás de um dos gols, onde não há cadeiras, entraram em confronto entre si. Em razão da confusão, 25 foram detidos e levados para prestar depoimento.
Entre os torcedores, três já haviam sido julgados e nem poderiam ter ingressado na Arena. Ainda havia três mulheres no grupo.
- Nós nunca tínhamos pego um grupo com tantos antecedentes e passagens pelo próprio Jecrim ? conta o major Mário Augusto.
De acordo com o major, o conflito se iniciou por causa de uma rixa entre torcedores:
- Aquilo foi rixa de torcida. Um grupo tentou colocar faixa com homenagem a um torcedor por cima de outra faixa. E aí tudo começou.
Conmebol decide sobre punição
O advogado do Grêmio, Gabriel Vieira, acompanha a situação. Se mostra tranquilo, mas sabe que, se a Conmebol entender que deve punir o clube por causa da briga, assim o fará. Ele lembra que após a confusão na Libertadores do ano passado, no mesmo setor do estádio, na partida contra a LDU, a entidade fez um acordo com a direção tricolor. Até 7 de março de 2015 o Grêmio está de sobreaviso.
- O Grêmio tem uma sentença condenatória na Conmebol e é passível de punição a qualquer momento. Se a Conmebol entender que é preciso punir por causa dessa briga, pune com uma partida com portões fechados. Houve uma combinação sobre aquela queda do alambrado. Qualquer coisa é passível de execução da pena - disse Vieira.
Uma das medidas adotadas pelo clube foi guardar o registro dos torcedores detidos após a confusão. Mas é apenas uma forma de prevenção, segundo o advogado.
- O Grêmio se previne. Muitas pessoas foram detidas, tem boletim de ocorrência. Podemos encaminhar para a Conmebol as medidas cabíveis que estamos tomando, mas se a Conmebol quiser executar (a pena), não basta o Grêmio enviar provas, é só executar - completou.
O árbitro da partida, Oscar Maldonado, não registrou a confusão em súmula. Já o delegado da Conmebol Juan Rojas filmou com um celular a confusão e logo depois escreveu no relatório do ambiente do jogo o que aconteceu. Ele também citou os sinalizadores na torcida do Nacional. O equipamento é proibido em estádios de futebol.