Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas após a invasão de campo no estádio Couto Pereira, em Curitba, no domingo (6), informou a Polícia Militar. Revoltados com o rebaixamento do Coritiba (que empatou em 1 a 1 com o Fluminense), torcedores provocaram atos de violência no estádio e invadiram o campo. Na confusão, a polícia disparou balas de borracha em direção aos torcedores.
No domingo à noite, a PM também passou a circular pelos hospitais de Curitiba para prender torcedores feridos que estivessem com a camisa do clube. Eles seriam detidos para que fossem interrogados e se pudesse chegar aos líderes da invasão ao gramado.
Jogadores e familiares dos atletas do Fluminense e do Coritiba permaneceram nas dependências do estádio Couto Pereira, em Curitiba, por mais de três horas após o final da partida deste domingo (6).
A casa do técnico Cuca, do Fluminense, que fica no bairro de Santa Felicidade, na capital paranaense, foi apedrejada por torcedores do Coritiba.
Ainda sem saber da agressão a sua casa, o técnico Cuca não escondeu a emoção ao final do jogo que garantiu o Fluminense na Série A do Campeonato Brasileiro. Em desabafo, o treinador afirmou que o time carioca conseguiu o empate por 1 a 1 com o Coritiba e a permanência na Série A graças à raça dos seus jogadores.
- Tinha que acabar na raça, foi assim o tempo todo, era na raça que tinha que ser.
Emocionado e comemorando com seus jogadores, Cuca saiu de campo escoltado junto com o time. A equipe precisou ser protegida pelos policiais depois que torcedores do Coritiba, revoltados com o rebaixamento do time, invadiram o gramado e entraram em choque com árbitro, jogadores e policiais.
A violência, que teve início no Couto Pereira, continuou pelas ruas da capital paranaense durante a noite. Pelo menos quatro terminais de ônibus - Cabral, Bairro Alto, Linha Verde e Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba - tendo sido destruídos pelo vandalismo dos torcedores.
No começo da noite deste domingo (6), o capitão da PM Bruno Soares chegou a informar a morte do policial Luiz Ricardo Gomide, de 38 anos, após o confronto com a torcida do Coritiba. Mas a notícia foi logo desmentida pelo comando da Polícia Militar, que negou a morte do agente.
O coronel Jorge Costa Filho, comandante do CPC (Comando do Policiamento da Capital) informou que o capitão será responsabilizado pela informação errada, "que, além de não ser verdadeira, ele não estava autorizado para isso". Além de Luiz Ricardo Gomide, outros dois policiais militares foram feridos no confronto com a torcida.
A polícia prometeu divulgar um balanço nesta segunda-feira (7) sobre os feridos na confusão e a gravidades deles.