Millena voltou a sorrir. A torcedora, que viveu momentos de tensão no Estádio Couto Pereira, deixou a tristeza de lado com um reencontro pra lá de especial. Ela substituiu a lembrança triste por alegria ao rever o ídolo Lucas, meia do São Paulo e da seleção brasileira, desta vez na casa do São Paulo. Em Curitiba, dia 30 de outubro, o jogador presenteou a fã com uma camisa, mesmo ela estando na torcida do Coxa, o que gerou tumulto - ela precisou de escolta policial para deixar as arquibancadas. No último sábado, a garota torceu sem medo para o time do coração e ainda teve um momento especial com o jogador, acompanhado pelo "SporTV News".
O encontro aconteceu no Morumbi, após a vitória do Tricolor Paulista sobre o Palmeiras. Até o contato com Lucas, Millena Pscheidt, 14 anos, sofreu. Mas um sofrimento totalmente diferente daquele que passou ao ser hostilizada por torcedores e receber ameaças pela internet.
Agora, quando houve medo, foi de que não desse tempo de vê-lo - ela precisava voltar para casa, em Santa Catarina, e por instantes pensou que perderia o reencontro ou o voo. De repente, Lucas deixou o vestiário e os olhos da menina brilharam. Além de conversar e pedir autógrafos, ela entregou uma carta ao meia.
Foi a maneira que Millena encontrou para dizer tudo que pretendia ao ídolo. Sabia que as palavras poderiam faltar na emoção do reencontro. Questionada, a catarinense não quis contar o que escreveu.
- É só pra ele. Tem tanta coisa... tem a foto da semana passada.
O repórter brincou com Lucas que seria um pedido de casamento. Os dois acharam graça.
- Deve ser (risos). Vou guardar com carinho e depois vou ler - disse o meia.
O abraço no ídolo fechou um dia perfeito. Ela chegou ao Morumbi, passou pela revista e então vestiu a camisa do São Paulo, a mesma que causou toda a polêmica em Curitiba. Em segurança, torceu muito, novamente ao lado do pai, Milton Pscheidt. Saiu do estádio radiante, com a imagem que ela quer guardar na lembrança a partir de agora.
- Foi mais um dia especial da minha vida. Semana passada também, mas teve a briga.
Lucas também ficou satisfeito. Ele não imaginava que a atitude tomada em Curitiba, quando presenteou a menina com a camisa, causaria tanta confusão.
- Fiquei feliz de ter terminado bem e ela não ter se machucado, nem o pai dela, e de ela estar no Morumbi, sem briga, sem nada. Futebol é paz. Cada um tem a opção de torcer para o time que escolher.