Na última quarta-feira (25), torcedores do Cerro, do Uruguai, foram flagrados em atos de injúria racial durante a partida contra o Bahia, em Pituaçu, pela segunda fase da Copa Sul-Americana.
Um vídeo em que um homem com a camisa da equipe uruguaia imita um macaco foi feito por um torcedor do Bahia e divulgado em redes sociais. Esse não é o primeiro caso de injúria racial com torcedores brasileiros em competições internacionais nesta temporada. Torcedores de Vasco, Corinthians e Cruzeiro foram alvos durante a primeira fase da Copa Libertadores da América.
Veja:
A ação gerou revolta em Pituaçu. Torcedores do Bahia o acusaram de racismo aos gritos ainda no estádio. Para evitar tumulto, policiais militares aumentaram o cordão de isolamento entre as duas torcidas. De acordo com um torcedor que estava próximo ao local, os insultos tiveram início logo após a chegada ao estádio.
“Logo quando a gente entrou no estádio, com policiamento ainda fraco do lado de dentro, eles já começaram a soltar piadinhas. Um deles subiu no alambrado, começou a dar dedo e, quando um dos nossos torcedores se aproximou, eles cuspiram. Na hora do Hino Nacional e do Hino Dois de Julho, eles jogaram sinalizadores no gramado e aí a torcida do Bahia se revoltou. Foi aí que eles começaram a imitar o macaco… Aí a galera inflamou de verdade. No final do jogo, a torcida do Bahia se aproximou novamente do alambrado para fazer pressão e eles voltaram a imitar o macaco”, disse o tricolor Igor Dias.
Conforme o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal brasileiro, injúria racial se refere à ofensa à dignidade ou decoro utilizando palavra depreciativa referente à raça e cor com a intenção de ofender a honra da vítima.