Sob forte calor, Balotelli e Marchisio dão a vitória por 2 a 1 para a Itália sobre a Inglaterra em Manaus

Para a felicidade dos manauaras, deu resultado: a Itália triunfou por 2 a 1, gols de Marchisio e Balotelli.

Mario Balotelli comemora com Marco Verratti após marcar o segundo da Itália | Reprodução/Internet
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O sorteio da Copa definiu que a Inglaterra jogaria em Manaus e, desde então, o técnico Roy Hodgson e a imprensa inglesa só falaram de maneira negativa da capital amazonense. Assim, quando o árbitro apitou o início do duelo contra a Itália, neste sábado, fortes vaias saíram da torcida local para os ingleses. Para a felicidade dos manauaras, deu resultado: a Itália triunfou por 2 a 1, gols de Marchisio e Balotelli.

O resultado deixa, ao final da primeira rodada do Grupo D, a Costa Rica como líder, pelo saldo de gols (3 a 1 no Uruguai). Se esse é mesmo o chamado "Grupo da Morte", há a possibilidade duas morrerem já na primeira fase. Será que a Costa Rica surpreende e tira dois campeões mundiais logo de cara?

As fases do jogo: O jogo começou com a Inglaterra melhor: tanto que Sterling fez a Fifa errar e creditar gol após chute de longe que bateu na rede pelo lado de fora. Até que a Itália abrisse o placar, aos 34 minutos, os ingleses dominaram, com outras boas chances. Mas só marcaram dois minutos depois de sofrerem, com Sturridge. E foi só.

Na segunda etapa, a Itália mostrou o futebol que não havia mostrado nos amistosos pré-Copa. Com Pirlo como líder e Balotelli matador, logo aos 4 minutos, de cabeça, coube a Sirigu fechar o gol com novas boas defesas para que os italianos fizessem três pontos em Manaus.

O melhor: Pirlo - Dizem que escanteio batido de forma curta não dá resultado - e usualmente não dá mesmo. Mas não quando ela chega aos pés de Pirlo. Quer dizer, até que ele abra as pernas para que a bola passe e vá aos pés de Marchisio, que marcou o primeiro da Itália. Para segurar uma Inglaterra que entrou com praticamente quatro atacantes, o volante foi quem deu a calma necessária para o toque de bola italiano.

O pior: Hart - A Inglaterra perdeu, mas fez bom jogo, com diversas chances no ataque e boas defesas de Sirigu, goleiro italiano. O principal defeito do time inglês, porém, esteve lá atrás: Joe Hart não passou confiança alguma, por mais que não tenha falhado nos gols. Soltou bolas fáceis e foi péssimo nas bolas aéreas.

A chave do jogo: A Itália apostou no toque de bola, lembrando até o "tiki-taka" espanhol. Enquanto isso, a Inglaterra apostou na correria de seus jovens para tentar vencer na velocidade. Ganhou a calma de Pirlo e companhia, mesmo com mais finalizações inglesas: 16 a 11.

Toque dos técnicos: Cesare Prandelli não teve vergonha de recuar o time quando passou a ficar à frente do placar, logo aos 4 minutos do segundo tempo. Minutos depois, colocou Thiago Motta e praticamente abandonou o ataque, que tinha Balotelli (Depois Immobile) isolado. Deu certo.

Para lembrar:

O técnico Roy Hodgson falou em 2013 que Manaus era a cidade a ser evitada na Copa. Não foi perdoado: assim que seu nome apareceu no telão da Arena da Amazônia, foi vaiado pela torcida; Rooney foi outro muito vaiado durante o anúncio da escalação inglesa - apenas Gerrard e Sturridge escaparam.

O jogo em Manaus foi o primeiro a ter parada técnica pelo calor na Copa do Mundo. Enquanto os jogadores bebiam água, um integrante da comissão técnica foi atendido por se lesionar durante a comemoração do gol inglês, um minuto antes - teve que deixar o campo de maca. Era Gary Lewin, fisioterapeuta.

Thiago Motta foi o 2° jogador naturalizado após nascer no Brasil a entrar em campo por outra seleção na Copa. Ele entrou aos 11 minutos da segunda etapa no lugar de Verratti pela Itália e se juntou a Diego Costa, o primeiro, que jogou pela Espanha na goleada sofrida para a Holanda.

Rooney segue sem gols em Copas, mesmo tendo entrado em campo em oito partidas (2006, 2010 e 2014). Neste sábado, ele pelo menos deu uma assistências, para Sturridge.

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