Chegou o dia tão esperado para o torcedor corintiano. O sonho de disputar uma final de Copa Libertadores se tornará realidade nesta quarta-feira, a partir das 21h50, quando a equipe do técnico Tite encara o Boca Juniors, em La Bombonera. O duelo da volta ocorre dia 4 de julho, no Pacaembu.
Campeões nacionais, Tite e os jogadores sabem que podem entrar de vez para a história do time alvinegro e encerrar uma sequência de traumas que começou em 1991, justamente contra o Boca. Na ocasião, os argentinos levaram a melhor nas oitavas de final e foram os responsáveis pela primeira frustração corintiana em um mata-mata de Libertadores (em 1977, quando o torneio recebia pouca importância, o Timão caiu na primeira fase, fato irrelevante meses antes da conquista do Paulista e o fim da fila de 23 anos sem títulos).
O ciclo de vexames pela América do Sul pode ser encerrado contra o mesmo Boca. Seria o auge de um clube que já faturou até o Mundial da Fifa, em 2000, porém nunca levantou o troféu mais importante de seu continente, fato que gera gozações dos rivais.
?Esse é o momento que a gente esperava, que toda criança sonha, disputar a final de uma Libertadores contra o Boca, em La Bombonera, e por um clube como o Corinthians. É a vez de desfrutar desses dois jogos, com responsabilidade, mas desfrutar e dar o nosso melhor?, observou Emerson Sheik, principal nome no ataque paulista.
Para abrilhantar ainda mais o possível título, o adversário é o temido Boca Juniors, carrasco dos brasileiros e hexacampeão da Libertadores.
?É um time místico. O Boca Juniors tem muita história, mas isso não entra em campo. O Corinthians também tem história. Venceu Paulista, Copa do Brasil, Brasileiro, torneios difíceis, e agora chegou à sua primeira final de Libertadores. É uma oportunidade que caiu no nosso colo e a chance de escrever uma história que ainda não foi escrita, de ser os responsáveis por essa libertação", comentou o meia Alex.
Já os xeinezes, apelido do Boca, buscam fazer pela quinta vez uma vítima brasileira em decisões de Libertadores ? já bateram Cruzeiro (1977), Palmeiras (2000), Santos (2003) e Grêmio (2007). É a primeira chance de igualar o hepta do Independiente, maior ganhador da história da competição sul-americana.
O veterano Riquelme, de 34 anos, é o craque do elenco comandado por Julio Falcioni. ?Riquelme é um símbolo não só do Boca Juniors, mas também do futebol argentino. Mas o Boca também tem o Viatri, que faz gols, o Ledesma, que sobe pelas laterais, o Mouche, muito bem no ataque, o Schiavi, experiente, e outros", ponderou Tite.