''Só mais uma pergunta, a Itália já está descansado''. A frase descontraída do técnico Bernardinho no fim da entrevista coletiva deixou clara a principal preocupação do treinador antes da final de domingo. Depois de bater a Rússia por 3 sets a 0, parciais de 25/21, 25/20 e 25/17, e garantir a vaga na decisão olímpica pela quarta vez seguida, o comandante começou a fazer contas. E o resultado não foi nada animador. Entre o fim da semifinal e o início da disputa pela medalha de ouro no Maracanãzinho, o time masculino de vôlei do Brasil terá pouco mais de 30 horas de recuperação.
A bola volta a subir às 13h (de Brasília) de domingo. Com jogadores sofrendo com o desgaste físico, Lipe e Lucarelli eram dúvida para a semifinal, jogaram e serão novamente avaliados, Bernardo também se preocupa com as horas de sono de seus atletas. Nos últimos seis jogos, o Brasil atuou por volta das 22h30. Ou seja, os jogadores se acostumaram nos últimos dez dias a irem dormir depois das 3h da manhã.
“Temos pouco mais de 30 horas até a partida. Muito pouco. E pior: com os jogos noturnos, os atletas tem ido dormir sempre às 3h, 4h da manhã. Não sei se vão conseguir dormir antes. E no domingo a final será às 13h. O sono da tarde não é o mesmo do sono da noite. É complicado’, avisou Bernardinho, técnico responsável por levar o Brasil a quatro finais seguidas nos Jogos.