O placar de 5 a 1 contra o Real Potosí deixa o Palmeiras próximo da fase de grupos da Copa Libertadores da América. De qualquer forma, não custa nada manter os cuidados para evitar surpresas no jogo de volta, na próxima quarta-feira, na altitude de quase 4 mil metros da Bolívia.
"O placar foi bom, só ficou ruim tomar o gol em uma bola espirrada. Mas foi um resultado justo, tivemos um volume forte. A idéia era essa", comemora o técnico Wanderley Luxemburgo, que já tem na cabeça, porém, as recomendações necessárias para enfrentar o Potosí na altitude.
"Eles têm uma jogada forte, o goleiro bate bem na bola, a reposição é forte. Chegam muito pelo lado do campo. Aí está o perigo da altitude. Qualquer bola de intermediária passa a ser perigosa", alerta o comandante tricampeão paulista.
Tecnicamente, o Real Potosí se mostrou uma equipe frágil, sobretudo no sistema defensivo. Porém, a altitude faz milagres. No ano passado, o Cruzeiro chegou a ser goleado por 5 a 1 pelo atual rival do Palmeiras.
Ciente das experiências anteriores dos brasileiros na Bolívia, Luxemburgo reconhece que a determinação foi clara aos palmeirenses: atacar nesta quinta-feira durante os 90 minutos para abrir vantagem em casa. Em boa parte do jogo, o time paulista também fez uma marcação pressão no campo do adversário.
"Quanto mais gols você faz, mais próximo fica da vaga. Por isso mandei apertar, a equipe deles mostrou fragilidade", justifica o técnico, que busca o primeiro título da Libertadores.
Sem levar em conta a goleada, o Palmeiras vai seguir normalmente o planejamento para enfrentar o Potosí na semana que vem. Com exceção ao goleiro Marcos, machucado, os titulares, reforçados pelo goleiro Bruno, seguem para a Bolívia nesta sexta-feira. Enquanto isso, os reservas atuam no domingo diante da Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista.