No início da semana, alguns integrantes do elenco palmeirense - o zagueiro Fabrício e o meio-campista Tinga - foram questionados sobre a possibilidade de o time brigar apenas contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Uma inquietação exagerada a um clube com oito pontos de vantagem em relação ao atual 17º colocado (Atlético-MG). De forma surpreendente, o técnico Luiz Felipe Scolari também se apega a um discurso pessimista e considera que o elenco tem razão em preocupar-se com a zona de perigo da competição nacional.
"Claro que há essa questão rebaixamento, todo mundo que está ali (deve se preocupar). Agora temos de fazer primeiro o nosso dever de casa para depois pensar em algo maior", avisou o comandante, já preocupado com o desafio de domingo, contra o Vasco, no Pacaembu.
Na verdade, Felipão está extremamente frustrado com as falhas que persistem no Palmeiras. Mesmo com muito trabalho e constantes mudanças na escalação, o treinador encontra dificuldades para achar a formação ideal. Ainda por cima, ele clama por hombridade ao seu grupo.
"Aquele que não tem espírito de brigar por uma posição melhor na sua vida não pode jogar aqui. Não adianta contarmos com um líder. Precisamos de 20 líderes que aceitem um conselho e que não sejam vedetes", disparou o consagrado Scolari.
Aliás, para a sequência do trabalho, Felipão demonstra que sua paciência será curta com aqueles que não apresentam a personalidade necessária de jogar no Palmeiras. "Não adianta mais reuniões. Se percebemos erros, vamos tirar do time", encerrou.