A polêmica envolvendo insultos racistas direcionados ao jogador Vinicius Junior, do Real Madrid, ganhou um novo capítulo. Apesar da detenção de suspeitos relacionados ao caso, a polícia espanhola decidiu soltar três torcedores, o que gerou indignação e questionamentos sobre a efetividade das medidas de combate ao racismo no futebol.
Três torcedores detidos pela polícia espanhola como suspeitos de insultarem com gritos racistas o atacante Vinicius Junior no último domingo, foram soltos. De acordo com a agência "Efe" e o jornal "ABC", os jovens com idades entre 18 e 21 anos foram liberados horas depois de serem detidos, após prestarem depoimento. Os três torcedores enfrentam acusação de "atentado aos direitos fundamentais e liberdades públicas". Eles foram informados de que terão que comparecer ao tribunal quando solicitado.
Durante uma partida do Real Madrid, Vinicius Junior foi alvo de insultos racistas vindos das arquibancadas. As ofensas foram repudiadas por jogadores, técnicos e pela comunidade esportiva em geral, levando a uma rápida atuação das autoridades para identificar e deter os responsáveis.
Apesar das detenções, a soltura dos suspeitos por parte da polícia espanhola gerou frustração e críticas. O clube valencia reiterou que atuará com medidas tomadas contra o racismo no futebol e pedem por uma resposta mais enérgica das autoridades para punir essas condutas inaceitáveis.
O Real Madrid entrou com denúncia junto à Procuradoria Geral do Estado, alegando crime de ódio e discriminação contra Vini Jr. Uma investigação foi aberta para punir criminalmente os responsáveis. O Ministério do Esporte da Espanha, através da Comissão Permanente contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância - responsável por punir os atos racistas no âmbito esportivo - também iniciou a análise dos vídeos do incidente no Mestalla na última segunda-feira.