Num clássico dos mais disputados e com o placar em aberto nos 90 minutos do tempo normal, o Sport venceu o Santa Cruz por 1 a 0, na tarde desta quinta-feira, na Ilha do Retiro, pelo Campeonato Pernambucano, com o gol de Leonardo aos 41 minutos da etapa final. A passagem à final foi decidida nos pênaltis. Mais regular e com o goleiro Magrão defendendo uma cobraça de Carlos Alberto, os rubro-negros sacramentaram a vaga na final contra o Náutico, vencendo nas cobranças por 5 a 3.
O gol no fim do segundo tempo foi do atacante Leonardo, que deu sobrevida ao Leão, que partiu para a disputa de pênaltis. Na loteria, no entanto, os cinco batedores leoninos foram decisivos e, mais do que isso, frios. A cobrança final, que fez o torcedor vibrar com a classificação foi do atacante Neto Baiano. Aos tricolores, restou a desolação.
Encerradas as semifinais, as atenções do Pernambucano voltam-se para a final, disputada em duas partidas, este ano, entre Náutico e Sport. O primeiro confronto dos postulantes ao título vai ser realizado nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro - assim como a abertura da disputa de terceiro lugar entre Salgueiro e Santa Cruz está marcado para o mesmo dia, no Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro.
Tensão e nervosismo
O nervosismo era visível. De um lado, o Sport tentando a vitória para levar a disputa para os pênaltis. E o Santa Cruz, do outro, mais precavido, buscava os espaços geralmente deixados por quem tem mais a iniciativa do confronto. Com a tensão no ar, as articulações se basearam no meio de campo. Sempre com muitos atletas disputando a bola e a com a marcação dura de lado a lado, a partida ficou truncada. Lances elaborados de maneira equivocada, chutes de longa distância e outros erros marcaram o começo da etapa inicial.
Com pouca movimentação no ataque, o Sport viu nas cobranças de falta e nas jogadas individuais de Neto Baiano uma maneira de chegar perto da meta tricolor. Paralelamente a isso, melhorou as ações no meio, com Ailton, empurrando naturalmente os tricolores para o campo de defesa. Agora sim, os corais passaram a viver apenas de contra-ataques, com Raul na articulação a cada erro rubro-negro, chegando à área adversária sempre com perigo.
Em lances esparsos, no fim do primeiro tempo, os adversários fizeram o melhor, mas Felipe Azevedo, para os leoninos, e Memo, pelos tricolores, costruíram - e perderam - boas chances de abrir o placar para as suas equipes.
Brilha Leonardo, tal vence nos pênaltis
O Sport voltou mais agrupado do meio para frente. Com os jogadores próximos uns aos outros, errou menos passes. Consequência disso foi um futebol justo, com boas possibilidades. Os altos e baixos de Ailton, no entanto, colocavam tudo a perder. Era preciso objetividade. O Leão não tinha. E criava um domínio apenas territorial. O Santa Cruz, por outro lado, mostrava-se seguro lá trás. Bem distribuído, fechava os espaços, obrigando os adversários a optar pelos cruzamentos na área, que na maioria das vezes eram interceptados pelos tricolores.
Num dessas bolas na área, Everton Pascoa fez um gol, mas que foi anulado pelo árbitro Sebastião Rufino Filho, que alegou falta no goleiro Tiago Cardoso. O lance foi muito contestado pelos rubro-negros. O jogo ficou nervoso, principalmente os rubro-negros mostravam-se muito inquietos. Com os times se defendendo bem, a partida partida seguia um empate sem gols, até que aos 41 minutos o centroavante Leonardo aproveitou uma sobra após cebaçada de Ferron e tocou no cantinho de Tiago Cardoso, para delírio da torcida rubro-negra. A decisão foi para os pênaltis.
Na "roleta russa" dos pênaltis, marcaram para o Sport, que se classificou para final de 5 a 3, Leonardo, Renan Oliveira, Patric, Ewerton Páscoa e Neto Baiano. Pelos tricolores, perdeu Carlos Alberto, converteram Léo Gamalho, Renatinho e Sandro Manoel.