O brasileiro Junior Cigano, 29, desembarcou no Texas com um perigoso desfalque para seu terceiro combate contra Cain Velasquez, pelo cinturão dos pesados do UFC, na madrugada de domingo.
Seu treinador de jiu-jítsu, Ramon Lemos, não estará em seu córner em Houston. Ele atendeu a um pedido de Anderson Silva, que se prepara para a revanche com o americano Chris Weidman, em 28 de dezembro, em Las Vegas.
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"O Anderson chamou todos [os profissionais] que trabalham com ele para conversar e não liberou o Ramon para vir", explicou Cigano.
Tradicionalmente, Ramon era liberado por Anderson para trabalhar com outros atletas. Mas a revanche do fim do ano é uma das lutas mais importantes da carreira do brasileiro, que sofreu a primeira derrota no UFC para Weidman e que agora quer toda a sua equipe focada.
Entretanto, a exigência criou uma perigosa lacuna no treinamento de Cigano, que admite que sua relutância em enfrentar Velasquez no solo o prejudicou em dezembro.
O brasileiro é especialista em desferir golpes em pé, enquanto Velasquez prefere levar os combates para o solo.
"Conversei muito com o Ramon. Gastei muita energia tentando me levantar toda vez que [o Velasquez] me derrubava. E acabava que ele me derrubava de novo. Teria sido melhor aceitar a luta no chão e tentar finalizá-lo lá."
No dia seguinte após a derrota de Cigano para Velasquez, Ramon lamentava: "Se eu tivesse uma máquina do tempo, faria ele apostar um pouco mais no jiu-jítsu".