Somália, do Botafogo, é indiciado por forjar próprio sequestro

Somália é acusado de ter inventado o sequestro-relâmpago do qual alegou ter sido vítima

Somália forjou sequestro | Globo Esporte
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Somália é acusado de ter inventado o sequestro-relâmpago do qual alegou ter sido vítima na última quarta-feira (veja ao lado o vídeo do RJTV). O jogador do Botafogo já foi indiciado na 16ª DP (Barra) por denunciação caluniosa e corre risco de detenção de um a seis meses por esse crime. Dependendo do julgamento, a pena pode ser convertida para serviços comunitários.

Em entrevista ao RJTV, a delegada Juliana Domingues disse que a farsa foi confirmada com as imagens do circuito de vídeo do prédio onde mora o jogador, que chegou em casa por volta das 4h de quarta. Ele aparece subindo no elevador às 8h46m, com o cordão e o relógio que, na delegacia, alegou terem sido roubados. Pouco depois das 9h, Somália surge nas imagens novamente no elevador, descendo, já sem o cordão e o relógio.

- Fizemos imagens do prédio e do percurso do jogador. Descobrimos que ele chegou de madrugada e saiu para a delegacia às 9h07m da manhã. No depoimento, ele disse que foi abordado por volta das 7h. Também temos imagens do atleta tirando dinheiro da carteira e saindo de casa sem o cordão que ele disse ter sido roubado. Nós desconfiamos, pois a vítima caiu em contradição no depoimento. Por conta disso, nós fomos atrás da verdade, e iremos chamá-lo para uma explicação.

Por conta do episódio, Somália não treinou na quarta. A multa por um atraso seria de 40% do salário. No dia seguinte, o jogador correu normalmente em General Severiano e comentou o sequestro com bom humor. Falou em trauma e disse:

- Fiquei muito nervoso e pensava na minha filha.

O Botafogo comentou o assunto em nota oficial:

"O Departamento de Futebol do Botafogo FR, ao tomar conhecimento de que não seria verídica a justificativa do atleta Paulo Rogério Reis da Silva, conhecido como Somália, para sua ausência na reapresentação da equipe, na última quarta-feira, dia 5 de janeiro, delibera:

1. Que qualquer decisão administrativa referente a uma possível punição em relação à conduta do atleta será definida após esclarecimentos das partes.

2. Que a questão criminal será tratada exclusivamente por um especialista, que deverá ser contratado pelo próprio atleta"

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