Sobrevivente de dois acidentes de avião realiza sonho e estreia pelo basquete de Michigan

Sobrevivente de dois acidentes de avião realiza sonho e estreia pelo basquete de Michigan

Hatch fez sua estreia por Michigan na Itália | AP
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Andando de cadeira de rodas e com parte de sua voz recuperada, Austin Hatch prometeu que um dia cumpriria sua palavra e jogaria basquete pela Universidade de Michigan. E neste final de semana, o sobrevivente de duas quedas de avião realizou seu sonho e entrou em uma quadra pela primeira vez usando o uniforme dos Wolverines.

Durante a turnê da equipe de John Belein pela Itália, Hatch jogou por três minutos na vitória de Michigan sobre um combinado da região de Perugia, que contava com atletas de divisões inferiores do basquete local. Ele não anotou nenhum ponto, mas isso era o de menos.

“Foi um uma longa jornada para chegar até aqui”, disse Hatch.  “Jogar basquete pela Universidade de Michigan sempre foi um sonho desde quando era criança. E é uma sensação incrível estar aqui e ter atuado em uma partida”.

Os percalços na jornada do atleta de 19 anos começaram em 2003, quando um acidente de avião matou seus dois irmãos, uma de 11 anos e outro de 5, e sua mãe. Felizmente, ele e seu ai conseguiram sair praticamente ilesos do acidente.

Só que oito anos depois, ele voava com seu pai e a madrasta quando o avião caiu diretamente na porta de uma garagem de uma casa em Charlevoix (Michigan). Enquanto o pai e a madrasta morreram, Hatch sobreviveu com uma série de lesões: trauma no cérebro, um furo no pulmão, fraturas na costela, quebra na clavícula e edema cerebral. Tudo isso fez com que os médicos o colocassem em coma induzido.

Ele conseguiu sair do coma oito semanas depois do acidente, mas ainda faltava o tratamento psicomotor para que ele conseguisse voltar a andar e ter a capacidade de raciocinar bem. E mesmo assim, o técnico John Belein disse que iria honrar a bolsa escolar prometida ao atleta que era cortejado por várias universidades do Meio-Oeste.

Menos de um ano depois do acidente, Hatch já conseguia se movimentar bem e foi liberado para treinar com seus companheiros de ensino médio até certo ponto. Mais um ano e os médicos tiraram todas as limitações, com ele podendo jogar em alguns momentos. E a jornada enfim chegou ao ponto desejado três anos após.

“Foi um momento especial para nós e Austin até liderou o canto do fight song após o jogo”, disse Belein. “Ele lutou muito para chegar aqui. Foi um grande momento para nós, mas ainda mais para ele e seu avô, Jim, que estava nas arquibancadas”.

Mais uma vez, o esporte nos mostra que vale lutar pelos sonhos, por mais que a vida coloque várias barreiras. Que Hatch seja inspiração para muitos, não só no âmbito esportivo.

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