Romário diz que com Zico faria 2000 gols

Antes de a bola rolar, Romário foi vaiado quando teve seu nome anunciado no placar

Romário e Zico sem rixas no gramado | Terra
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A piada correu no Maracanã: Romário jogou ao lado de Zico, pois o time adversário era chamado de Amigos do Zico. Ironias à parte, o atacante rasgou elogios para seu antigo desafeto e lamentou que tenha demorado 11 anos para acabar com a rixa com o maior ídolo da história do Flamengo.

Romário brincou com o fato de Zico ter dito que se tivessem jogados juntos o atacante teria chegado mais rápido aos mil gols. Ontem, Romário fez dois, um golaço e outro de pênalti, e brilhou.

"O Zico está errado ao falar isso. Se tivesse jogado com ele, eu faria dois mil gols (risos). Foi muito legal o gesto de Zico ter me convidado para essa festa. Já se passaram 11 anos do problema que tive com ele. Nesse tempo, amadureci muito. Errei, foi coisa de inexperiência. Tenho certeza de que, juntos, podemos fazer muita coisa interessante no futebol", afirmou Romário.

Antes de a bola rolar, Romário foi vaiado quando teve seu nome anunciado no placar. Mas, com a bela atuação, os gols e o passe para Zico marcar, ele ganhou de vez a torcida, que gritou a plenos pulmões os cantos da época em que ele jogou no Flamengo. Ele vibrava quando a torcida entoava "Romário vem aí e o bicho vai pegar" e "Romário é Urubu".

"Estou muito feliz e honrado de ter participado. A galera gostou e sonhou", disse Romário, que comentou ainda a possibilidade de um dia algum time ter contado com Zico, Bebeto, Adriano... "Teria sido um sonho para muito torcedores. Zico e Bebeto são dois ícones do futebol mundial. Com o Bebeto eu tive a oportunidade de jogar várias vezes, pela Seleção, o que infelizmente não aconteceu com o Zico. Mas agora foi uma honra atuar ao lado de um dos maiores jogadores da história do futebol mundial", completou o ex-atacante.

Durante a partida em que atuou ao longo dos 90 minutos, Romário deu passes de letra, fez gol, foi o destaque do time e selou, em parte, a paz com Zico. Há onze anos, o polêmico corte do atacante às vésperas da Copa do Mundo de 1998, na França, deu início à relação turbulenta.

A responsabilidade pela ausência acabou recaindo sobre Zico, então coordenador técnico da Seleção Brasileira. Ele mantém o processo que move contra o agora diretor do América-RJ por conta da pintura feita por Romário que ilustrava o ídolo rubro-negro na privada. Porém, ontem, no Maracanã, era dia de festa e os dois trocaram abraços, passes e gols.

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