Em Águas de Lindoia há quase uma semana, o Corinthians foi o único dos quatro grandes clubes de São Paulo que optou por deixar a capital paulista no período de recesso do Brasileiro para a disputa da Copa do Mundo. No interior do estado, os treinos do Timão são puxados, sempre em dois períodos. Apesar de a maioria dos jogadores não gostar do regime de reclusão, o goleiro Felipe - também contrário ao refúgio - reconhece que a saída e os treinamentos pesados são importantes para que o time mantenha o foco na conquista de uma vaga na Libertadores e, quem sabe, do título do Nacional.
- Ninguém gosta de ficar tanto tempo preso, mas sabemos da importância disso para a equipe voltar bem, entrar em forma e poder recuperar os atletas. Tudo é válido para recomeçar bem o Brasileirão. Acredito que isso ajude nossa equipe a seguir embalada na competição. Vai ser bom se conseguirmos voltar para a Libertadores em 2011, mas um título seria ainda mais importante, pois o Brasileiro é o que nos resta este ano. Nosso projeto era a conquista da Libertadores (foi eliminado pelo Flamengo), mas, infelizmente, não conseguimos - comentou o camisa 1 do Timão.
Além do sacrifício dos atletas em campo, a diretoria também tem se concentrado em segurar os seus atletas para que o título do Nacional não escape.
- Não temos interesse em negociar jogadores porque consideramos que o time está bom e pode vencer o Brasileiro e se classificar para a Libertadores. Essas foram as metas que traçamos no vestiário do Pacaembu, quando fomos eliminados pelo Flamengo - afirmou Mário Gobbi Filho, diretor de futebol do Alvinegro.
O Corinthians permanece em Águas de Lindoia até quarta-feira, quando o time treina pela manhã no hotel onde está hospedado e retorna para São Paulo. Na quinta, a equipe viaja para Londrina, onde participa de um torneio contra Atlético-PR, Iraty e São Caetano. O Timão volta a jogar pelo Nacional no próximo dia 14, contra o Ceará, em Fortaleza.