Em busca da oitava participação consecutiva nos Jogos Olímpicos, a seleção feminina de basquete treina no Rio de Janeiro para a disputa do Pré-Olímpico Mundial, que acontece entre os dias 6 e 9 de fevereiro, em Bourges (França). A preparação está dividida em três etapas e conta com o apoio direto do Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Nesta primeira fase, que vai até 27 de janeiro, a seleção tem realizado atividades em solo brasileiro e aproveitado a estrutura do CT Time Brasil, no Parque Aquático Maria Lenk. Depois, viaja para Belgrado e disputa um amistoso contra a Sérvia no dia 3 de fevereiro, quando embarca para a França.
“Essa parceria com o COB tem sido extremamente importante. Podemos usufruir da estrutura oferecida, que envolve também hotel, alimentação e transporte. Assim, não precisamos nos preocupar com o que acontece fora de quadra e ficamos voltados somente às questões físicas, técnicas e táticas”, diz José Neto, treinador da seleção feminina.
A chegada do novo comandante pode ser considerada um divisor de águas para essa equipe. Desde sua contratação, em maio de 2019, a seleção recuperou a autoestima e o prestígio junto à torcida, tendo conquistado a medalha de ouro nos Jogos Pan-americanos Lima 2019, com direito a vitória sobre os Estados Unidos na final: 79 a 73. E um dos segredos do sucesso está justamente na preparação da equipe.
“Todo êxito envolve uma somatória de fatores. Algumas coisas que nos ajudaram a chegar aqui em condições de brigar por uma vaga em Tóquio compreendem justamente essa parte preparatória. A maioria das jogadoras nunca tinha feito avaliações nessa quantidade e com essa qualidade, como a que fizeram no Laboratório Olímpico. As atletas veem que existem pessoas preocupadas em oferecer as melhores condições a elas e retribuem com muito comprometimento”, explica Neto.
De fato, a seleção feminina tem mostrado uma intensidade maior nos jogos e, nesse sentido, outro aspecto que merece destaque é o trabalho físico desenvolvido pelo preparador Diego Falcão. Segundo Neto, as atletas se conscientizaram sobre a cultura do treinamento e, com os resultados das avaliações realizadas pelo Laboratório Olímpico, puderam identificar aspectos a serem melhorados em seu jogo. Além disso, o treinador ressalta o espírito coletivo da seleção.
“Esse trabalho em equipe representa muito para nós. Somos uma equipe que defende bem e que dá muitas assistências, quesito dentro do jogo que melhor representa a coletividade. Num esporte coletivo, isso é que deve prevalecer. Conseguimos transformar esse discurso em prática e vejo todas focadas para que o basquete feminino se sobressaia”.
A seleção feminina estreia no Pré-Olímpico Mundial contra Porto Rico, em 6 de fevereiro. Depois, nos dias 8 e 9, enfrenta França e Austrália, respectivamente. As três melhores seleções se classificam para Tóquio 2020. (Do COB)