Andrés Sanchez está no Rio de Janeiro para tentar convencer Carlos Alberto Parreira aceitar a proposta para dirigir o clube. O ex-treinador da seleção brasileira é o plano A do clube, mas se ele não aceitar o convite corintiano, a carta na manga de Andrés é Antônio Lopes, recém-contratado pelo Vitória depois de ter sido demitido pelo Avaí. A diretoria do clube já recebeu a notícia de que Lopes aceitaria conversar com o Corinthians caso fosse procurado. Para isto acontecer, basta Parreira dizer não.
Antônio Lopes foi treinador do Corinthians no Brasileiro de 2005 e assumiu a equipe na segunda metade do campeonato. Andrés Sanchez era o diretor de futebol no clube na época e responsável direto pelo acordo com o treinador na época. "Tem um milhão de nomes, mas eu não falei com ninguém", despista Sanchez.
O presidente do Corinthians diz que quer resolver o quanto antes a questão de quem será o novo treinador do clube, mas que não fará loucuras. "Lógico que queria um técnico hoje, mas não tem esse nome. Vamos nos apressar, mas sem desespero. Eu que procuro e que falo, acerto contrato com quem vier para o Corinthians", disse Andrés.
O mandatário corintiano garante que o futuro técnico do Corinthians não será pressionado. "Quem vier não vai ter culpa de nada, porque em dez jogos não se resolve. Não vai ser herói, nem vilão. Estamos conscientes disso. Tudo que acontecer daqui para frente será responsabilidade da diretoria e do nosso elenco. Eu assumo o ônus", disse o presidente.
Mesmo que a procura por um novo treinador se prolongue mais que o desejado por Andrés, o interino Fábio Carille, que comandará o time contra o Vasco, não será promovido ao cargo principal. "O que eu cogito é que o Corinthians necessita de um treinador. O Fábio não está pronto ainda e não é a função dele ser técnico.
Contratado por indicação de Mano Menezes em janeiro de 2009, Carille é membro da comissão técnica fixa do clube e sua principal função é fazer relatórios dos adversários do time. O ex-atacante Mauro, olheiro do Corinthians, será seu auxiliar no jogo de São Januário.
Adilson ainda receberá do Corinthians
Adilson Batista continuará recebendo salários do Corinthians até o final do ano. Foi esse o acordo entre o Corinthians e o ex-treinador na sua saída. De acordo com Andrés Sanchez, a multa rescisória do contrato foi estipulada em dois salários, mas não será cobrada. "Não vou pagar a multa, mas só os salários até final do ano (outubro, novembro e dezembro). O Adilson merece esse respeito", disse Andrés. Adilson recebia R$ 250 mil por mês.
Quanto à dívida do Corinthians com o jogador Adilson Batista, contraída na época em ele foi zagueiro do clube, em 2000, estipulada em R$ 1,5 milhão, Andrés disse que ainda conversará com o treinador sobre como será feito o pagamento. "Vamos pagar o quanto antes", garante.