O topo é do São Paulo . O time alcançou a liderança do Grupo 2 da Taça Libertadores na noite desta quinta-feira, ao vencer por 3 a 0 o Nacional-PAR, que não tem mais chances de se classificar para as oitavas de final. Depois de muitas críticas por não mostrar um bom futebol nesta temporada, o Tricolor enfim fez a torcida sorrir e cantar a certeza do título nas arquibancadas do Morumbi. O fato de a equipe paraguaia ser muito fraca e não ter conseguido marcar pontos até agora não tirou a animação da massa, que celebrou a 50ª vitória do clube em seu estádio na história da competição continental.
Agora com nove pontos, o São Paulo assumiu a ponta beneficiado também pelo empate por 2 a 2 entre Monterrey (cinco pontos) e Once Caldas (oito pontos), na última quarta, no México. O tricolor volta a campo pela Libertadores no dia 31 deste mês, contra o Monterrey, fora de casa. E o Nacional cumpre tabela contra o Once Caldas, na Colômbia, no dia 1º de abril.
Com meio modificado, Dagoberto e Leo Lima anotam
Durante a semana, Ricardo Gomes ressaltou que o Nacional era um time perigoso fora de casa e minimizou o fato de a equipe paraguaia ser fraca e não ter pontuado na Libertadores. Mas mudou bastante a escalação, mostrando que contava com a fragilidade do rival. Com Cicinho no banco e Jean na lateral direita, o treinador colocou Cléber Santana e Leo Lima mais à frente, com o objetivo de ajudar. O primeiro não apareceu muito, mas o segundo se entrosou bem com os atacantes.
Após um início lento e sem muito perigo, o São Paulo acordou já na metade da primeira etapa. Aos 27 minutos, Richarlyson concluiu nas mãos de Caffa, mas levantou a torcida. Dois minutos depois, veio o grito de gol: Hernanes desceu pela direita e mandou um lançamento no capricho para Dagoberto, que estava perto do segundo pau. De cabeça, o atacante tocou a bola longa para o gol, explodindo o Morumbi: 1 a 0 para o Tricolor.
A torcida nem teve muito tempo para comemorar o primeiro gol de Dagoberto na Libertadores de 2010: aos 32, Junior Cesar, pela esquerda, encontrou Washington na área. O camisa 9 cortou um adversário e passou para Leo Lima concluir sem dificuldades: 2 a 0, com direito a beijo na testa do meia no atacante. Também era o primeiro tento de Leo na competição continental deste ano.
Os torcedores queriam goleada. E Washington tentou o seu aos 35, com uma bomba da entrada da área, mas que foi para fora. O São Paulo era superior sem se esforçar muito, mas não ampliou o placar até o fim do primeiro tempo.
De bem com a torcida, Washington deixa campo rapidamente
O técnico Éver Almeida fez duas mudanças no intervalo, na esperança de ver seu time um pouquinho mais forte. Colocou os irmãos Aquino, um na defesa e outro no ataque. Mas o São Paulo continuava a sobrar.
Aos sete, Miranda arrancou do círculo central e só não fez o gol porque um zagueiro interceptou a jogada. Dois minutos depois, Dagoberto passou para Richarlyson na área. O volante caiu ao tentar passar pelo goleiro, mas Washington, vindo de trás, empurrou a bola para a rede: 3 a 0 e apoio da massa para o Coração Valente, que vive uma constante relação de amor e ódio com parte da torcida.
Após o terceiro gol, os torcedores cantaram que o time vai ser campeão. A empolgação seguia tomando conta do time, que chegava o tempo todo à área adversária, principalmente com Dagoberto. Mas, após quase 20 minutos sem mais gols, os primeiros gritos pedindo Fernandinho já eram ouvidos na arquibancada. Gomes atendeu, colocando o atacante aos 26, no lugar de Washington. O camisa 9 deixou o campo correndo, agradeceu os aplausos e desceu as escadas rapidamente em direção ao vestiário.
Fernandinho deu mais movimentação ao ataque, e Dagoberto seguiu rápido e perigoso. Aos 32, após o camisa 11 sofrer uma falta ao lado da área e Cicinho cobrar, Hernanes pegou um rebote e chutou de longe, assustando Caffa. Aos 36, Fernandinho arrancou pela esquerda, passou por dois e chutou cruzado, obrigando Caffa a se esticar para espalmar. Na sequência, Hernanes tocou para Dagoberto e Fernandinho na frente, mas ninguém alcançou. Já que não saia mais gol, o torcedor passou a se divertir com os gritos de "olé". A harmonia entre torcida e time voltou a reinar no Morumbi.