Neste domingo, o São Paulo ganhou mais um capítulo para acreditar que sairá da zona de rebaixamento do Brasileiro. Diante de 56.502 pagantes, novo recorde de público do torneio (o terceiro seguido que a torcida estabelece no Morumbi), o time viu Hernanes fazer dois gols e selar uma virada por 3 a 2 sobre o Cruzeiro.
Se o 4 a 3 sobre o Botafogo de três semanas atrás era improvável porque o time perdia de 3 a 1 até os minutos finais, no Rio de Janeiro, neste domingo a improbabilidade se devia à má atuação do time. Mas Hernanes abriu e fechou o placar, batendo falta e cobrando pênalti duvidoso, para fazer a festa tricolor. Entre os gols do Profeta, aos 46 do primeiro tempo e aos 34 do segundo, Sassá fez dois, aos 5 e aos 12 da etapa final. Arboleda empatou, aos 25.
Com os três pontos que somou, o time de Dorival Júnior chega a 22 e respira na briga contra o descenso. Já o Cruzeiro, que jogou cheio de reservas, pensando na semifinal da Copa do Brasil, contra o Grêmio, na quarta-feira, estaciona nos 27 pontos, ainda fora do G6.
E o time mineiro teve chances de ser mais um carrasco do São Paulo no Morumbi. Aproveitou-se do nervosismo dos anfitriões e, aos 11 minutos, Sassá sofreu pênalti de Renan Ribeiro. O próprio atacante errou.
O lance deu o ânimo que o Tricolor e sua torcida precisavam, mas a equipe não se aproveitou. Os laterais centralizavam, mas só embolavam um meio-campo que tinha Hernanes bem marcado. Não adiantava o esforço de Petros nem Militão e Rodrigo Caio trocarem de posição. A chave era o ineficiente Marcinho, que só acertou um cruzamento, que Pratto desperdiçou. Muito pouco.
Em meio ao nervosismo, o Cruzeiro parecia ter o jogo nas mãos. Até que, aos 46 minutos, Hernanes cobrou falta com perfeição. Deu ao time a chance de ter um intervalo inteiro à frente do placar. Dorival atendeu à torcida, colocou Jucilei no lugar de Militão e parecia que tudo daria certo quando Petros iniciou o segundo tempo dando um gol a Marcinho, que perdeu bisonhamente.
Era só impressão. Arboleda e Rodrigo Caio deram dois gols a Sassá, que sentenciou a virada. Na marra, nos gritos da torcida, o São Paulo cresceu. Dorival lançou o time à frente e contou com gol de Arboleda e o pênalti marcado em Gilberto para ficar à frente.
Como nem tudo foi perfeito, o time perde Pratto, expulso no fim ao receber o segundo amarelo - o Cruzeiro também teve o zagueiro Digão recebendo o vermelho. Mas o argentino saiu aplaudido pela torcida. Nada melhor do que três pontos para o pai são-paulino comemorar seu dia.