Durante 25 anos, São Paulo e Rogério Ceni caminharam lado a lado em uma trajetória de 1.237 jogos, 131 gols e 25 títulos. Neste domingo (12), porém, o torcedor tricolor não torcerá pelo maior ídolo do clube. A equipe do Morumbi visita o Fortaleza, comandado por Ceni, às 19 horas, no Castelão, pela quarta rodada do Brasileirão.
O meio-campista Hernanes, que atuou com o ex-goleiro, classificou o encontro como "histórico". "Vai ser um encontro interessante, vamos dizer histórico. Mas, quando a bola rolar, as coisas que aconteceram no passado, tudo fica fora", disse Hernanes.
Rogério disputará com time a qual fez parte de sua vida. Foto/Reprodução Internet
No Fortaleza, o assunto foi evitado até a noite de quinta-feira, quando a equipe jogou contra o Botafogo-PB pela semifinal da Copa do Nordeste. Depois da classificação à final, Ceni falou que será "um privilégio" enfrentar o São Paulo. "É um privilégio enfrentar quem me projetou. Tenho um carinho enorme, mas vou fazer o melhor pelo Fortaleza. Fico muito contente porque no São Paulo são 25 anos trabalhando, quase 1.200 jogos, inúmeros títulos, mas isso requer tempo. Ter esse carinho é muito importante", declarou Ceni.
Se por um lado o reencontro mobilizou os torcedores dos dois times, que preparam uma grande festa para Ceni antes da partida no Castelão, o São Paulo não fará qualquer tipo de homenagem. Após o vitorioso currículo como jogador, Ceni iniciou a carreira de treinador no clube do Morumbi. A experiência, porém, durou apenas seis meses: foram 14 vitórias, 13 empates e dez derrotas (49,5% de aproveitamento) até ser demitido pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Desde a demissão, Ceni e Leco trocaram farpas publicamente.