Avaí e São Paulo neste domingo na Ressacada ficou no empate por 1 a 1 pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols saíram de pênalti. Júnior Dutra para os catarinenses, Hernanes para os paulistas. Como castigo pela tortura que impuseram a seus torcedores, as duas equipes continuam ali na parte debaixo da tabela, tendo de conviver com o fantasma do rebaixamento.
O empate mantém o Avaí no Z4 (19º com 22 pontos) e o São Paulo respira por aparelhos (16º com 23 pontos). Pode ser ultrapassado pela Chapecoense e entrar na zona - a Chape tem dois jogos a menos.
Sonolento, triste, enfadonho, cansativo, chato. Todos esses adjetivos poderiam ser empregados ao jogo. No primeiro tempo, um deserto de ideias profundo. O Tricolor de Dorival Júnior chegava em cabeçadas para fora de Rodrigo Caio. Pouco. O Avaí só conseguia algum êxito quando Sidão resolvia dar sustos no torcedor soltando a bola. Não é à toa que o time de Claudinei Oliveira tem o pior ataque da competição, agora com 12 gols marcados.
O segundo tempo apresentou a mesma miséria, com os dois times aparentando medo de vencer, até que aos 22 minutos Edimar resolveu dar um pouco de emoção. Fez pênalti em Willians. Chance para Júnior Dutra acalorar o já desesperado torcedor. Bola para um lado, Sidão para o outro: 1 a 0.
À aquela altura, era difícil prever uma reação do São Paulo, totalmente anêmico em campo. Mas Pedro Castro invejou Edimar. Colocou a mão na bola dentro da área após cobrança de escanteio de Hernanes. Pênalti. O próprio Hernanes cobrou, Douglas quase pegou: 1 a 1. Foi o quinto gol de Hernanes em cinco jogos desde que voltou. Já virou o artilheiro do time no Brasileiro ao lado de Pratto. É um alento em meio ao desespero tricolor.