Antes do jogo contra o Cruzeiro, o técnico Muricy Ramalho tentou acalmar os são-paulinos dizendo que o jogo não era uma "final". Mas o confronto entre vice-líder e líder do Campeonato Brasileiro teve sim cara de decisão, pelo bom nível técnico, pelas emoções e pelo grande público no Estádio do Morumbi.
E foi o São Paulo que levou a melhor, vencendo por 2 a 0 com autoridade, após gols de Rogério Ceni e Alan Kardec. Ainda é a 21ª rodada e por isso o jogo não decidiu nada na prática. Mas mostrou que o São Paulo está credenciado para fazer uma briga quente pelo título contra o Cruzeiro. O time mineiro ainda tem uma boa vantagem na liderança: está com 46 pontos contra 42 do São Paulo. Mas a sequência tricolor impressiona: não perde desde 27 de julho, na 12ª rodada do Brasileiro. Está com três vitórias consecutivas e testará a boa fase contra o Coritiba, fora de casa, na próxima quarta-feira.
Já o Cruzeiro vai enfrentar o Atlético-PR, no mesmo dia, em casa. Visto como "final" do Campeonato Brasileiro, o jogo realmente teve uma cara de decisão. Durante cerca de vinte minutos, prevaleceu o equilíbrio, com os times se estudando, sem pressa e com muitas trocas de passes. As grandes chances de gol surgiram em duelos entre Ricardo Goulart e Rogério Ceni. Aos 18min, o meia tentou fazer por cobertura de longe, mas o goleiro defendeu. Aos 27min, Goulart criou a jogada no meio-campo, recebeu a bola de frente para o gol, mas Ceni defendeu de novo.
Como toda grande final deve ser, aconteceu uma polêmica, aos 32min: Dedé fez pênalti em Ganso. Claramente foi falta, mas os são-paulinos também queria que o juiz desse amarelo para o zagueiro, que seria expulso automaticamente. Mas Pedro Vuaden ignorou as reclamações. Rogério Ceni foi para cobrança, chutou no meio e abriu o placar. O São Paulo quase aproveitou o bom momento logo depois. Pato teve um bom contra-ataque nos pés, mas foi "fominha" e chutou em cima da defesa. Logo depois, Fábio fez grande defesa nos pés de Kaká, dentro da pequena área.
O técnico Marcelo Oliveira tirou o amarelado Dedé e colocou Manoel em campo. E logo o zagueiro tomou um susto, já que Alan Kardec ganhou uma disputa na área e chutou de frente para o gol, mas para fora. O lance poderia ter custado caro, pois o Cruzeiro teve uma chance de gol, com Everton Ribeiro, e também equilibrou o jogo novamente. Mas Kardec conseguiu uma segunda chance, algo que não costuma desperdiçar.
Aos 25min, após cruzamento de Ganso, ele cabeceou para o gol sozinho na área. Fábio ainda defendeu, mas o centroavante marcou no rebote. Era o que faltava para embalar de vez o São Paulo. Confiante, o time comemorou até um belo drible de Ganso no meio-campo, aos 30min. A equipe tricolor também criou oportunidades, mas Kaká perdeu duas vezes. Os últimos 15 minutos tiveram um Cruzeiro bastante desanimado, que não conseguiu mostrar qualquer ameaça diante dos seus principais rivais na briga pelo título.
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