O bicampeão brasileiro somou a segunda derrota consecutiva em duas rodadas de Campeonato Brasileiro. Dividido pela presença nas quartas da Libertadores, o Cruzeiro escalou um time reserva, marcou muito mal e viu o Santos fazer 1 a 0 na Vila Belmiro com boa atuação de Geuvânio, Robinho e, principalmente, Lucas Lima.
O revés complica o começo de campeonato do Cruzeiro, que na primeira rodada havia perdido como mandante para o Corinthians. Sem pontos, o time aposta em uma boa campanha na Libertadores, onde terá o River Plate como rival nas quartas. Já o Santos soma quatro pontos e arranca bem, já na parte de cima da tabela.
E faltou pouco para a vantagem na Vila ser maior. Aproveitando-se de um Cruzeiro frágil na marcação, o Santos criou muito, especialmente no segundo tempo, e viu Robinho, Geuvânio e Gabriel perderem gols na cara de Fábio, um dos poucos titulares celestes. Não fez, e por outro lado passou perto de ser punido pelo contra-ataque mineiro, que falhou igualmente e manteve o 1 a 0 no placar.
Fases do jogo:
Diante do bicampeão brasileiro, o Santos foi beneficiado pela decisão de Marcelo Oliveira, que sacou os principais jogadores e colocou um time misto em campo, tudo pensando nas quartas da Libertadores. A opção do treinador mineiro equilibrou a partida na Vila Belmiro.
Com Robinho fazendo boa movimentação e Geuvânio jogando de forma incisiva, o Santos criou mais, se aproveitou da marcação frouxa dos mineiros e teve boas chances de abrir o placar já no primeiro tempo. Fez "só" um, com Geuvânio, que aos 43 minutos foi para cima do lateral esquerdo Fabrício e acertou um lindo chute no ângulo de Fábio.
O gol solitário, no entanto, não fez jus ao que era o jogo até ali. Com mais presença ofensiva, o Santos dominava diante de um Cruzeiro acuado, que só assustava com De Arrascaeta partindo para cima de Chiquinho, lateral do Santos que fazia uma partida especialmente ruim.
No segundo tempo, com a vantagem, o Santos mudou o estilo e passou a administrar o jogo à sua maneira. Bem postado na defesa, a equipe praiana sabe como roubar a bola e puxar contra-ataques rápidos com Lucas Lima. O Cruzeiro, sem a boa criação de costume, sofria com a falta de qualidade ofensiva e também não levava perigo ao gol de Vladimir.
Com mais espaço, o Santos ainda criou mais no terço final do jogo. Lucas Lima regeu o time no contra-ataque, deu boas assistências e a vantagem só não aumentou porque Geuvânio, Robinho e Gabriel não aproveitaram.
Melhor: Lucas Lima. Geuvânio, autor do gol, e Robinho, muito participativo, também merecem crédito, mas o meia do Santos foi o homem do jogo. Com calma, ótimos passes e boa movimentação, ditou o ritmo do setor ofensivo do Santos, encontrou os espaços necessários e serviu constantemente os companheiros.
Pior: Marcação do Cruzeiro. Ao longo dos 90 minutos, o time mineiro nunca apertou o Santos, com ou sem a bola, especialmente no meio-campo. O resultado foi um jogo inteiro de sustos para a torcida, que viu o time praiano aproveitar os espaços dados e vacilar na finalização.