O Santos foi punido pelo Superior Tribunal de justiça Desportiva (STJD) após o protesto da torcida na Vila Belmiro, onde acabou com fogos no gramado, e partida encerrada no clássico contra o Corinthians. A partida foi interrompida pelo árbitro Leandro Pedro Vuaden aos 44 minutos do segundo tempo.
A punição, desta vez, foi ainda mais ferrenha. O clube recebeu condenação sob o pagamento de multa no valor de R$ 80 mil. Além disso, o Peixe deve perder o mando de campo e jogar com portões fechados durante oito partidas no Campeonato Brasileiro. O time já se livrou de uma das partidas de punição.
Conforme decidido pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD, o Santos já cumpriu uma partida de punição durante o confronto contra o Flamengo, válido pela 11ª rodada do Brasileirão. O jogo contra o Goiás, agendado para este domingo, será realizado na Vila Belmiro, pois não houve tempo suficiente para alterar o local da disputa.
Em virtude da determinação, os jogos contra Botafogo, Athletico-PR, Grêmio, Cruzeiro, Vasco da Gama e Red Bull Bragantino deverão ser realizados em uma localidade situada a 150 km de distância da Vila Belmiro. No entanto, o clube manifestou sua intenção de recorrer da decisão, tendo em mente driblar as punições.
O Santos foi indiciado com base nos parágrafos I e III do artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Esses parágrafos tratam de condutas relacionadas a "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir" incidentes ocorridos durante a partida.
- I - desordens em sua praça de desporto;
- III - lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo.
Segundo o relator do caso, Eduardo Mello, a solicitação de perda de mando de campo surgiu de relatos sobre possíveis manifestações por parte da torcida do Santos durante a partida contra o Flamengo, mesmo após o STJD já ter determinado a suspensão da presença de torcedores nas arquibancadas da Vila Belmiro.
“Entendo pela condenação. Portões fechados e perda de mando de campo. No jogo seguinte, entre Flamengo e Santos, ouvia-se um helicóptero rondando a Vila e a explicação dada por jornalistas é de que havia ameaças próximas. É um estádio rodeado por casas. Se não determinar perda de mando de campo isso pode continuar ocorrendo. Colocar em risco quem mora próximo e quem está trabalhando no estádio. A gente não quer punir o Santos. O Santos foi prejudicado pela sua própria torcida”, explicou.