O Santos promete tomar providências sobre a ?guerra do Paraguai? vivida pelo time na noite de quarta-feira. O técnico Muricy Ramalho, dirigentes e torcedores foram atacados pela torcida do Cerro Porteño no estádio Olla Azulgrana, na partida em que os santistas empataram por 3 a 3 contra a equipe guarani e conquistaram uma vaga para a final da Copa Libertadores da América.
Revoltado com a situação, o presidente do Santos, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, já adiantou que irá fazer um protesto formal a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), alegando que o Cerro não tem condições de receber uma partida pela Libertadores.
?A torcida foi violentamente agredida. Vamos protestar junto à (Confederação) Sul-Americana. Foi uma batalha, onde fomos atacados de forma covarde, o Muricy levou uma pedrada. Nós não vamos deixar barato, pois esporte não é uma batalha campal. O Cerro não tem a mínima condição de receber uma partida da Libertadores?, afirmou Luís Álvaro.
A confusão entre Cerro e Santos começou antes do jogo e fora do estádio. Oito ônibus da torcida santista foi cercado e apedrejado pelos torcedores paraguaios. Dentro do Olla Azulgrana, a situação piorou para a torcida brasileira, que ficou cercada em um espaço de arquibancada, com torcedores do Cerro de ambos os lados.
Os santistas foram atacados com objetos e bombas. A polícia teve que intervir e criou um cordão de isolamento, mas não conseguiu evitar a confusão, que levou três torcedores do Santos para o hospital. Na saída do estádio, a torcida do Cerro voltou a atacar os santistas e quebrou os vidros das janelas dos ônibus.
Além de Muricy, que foi atingido por um objeto na cabeça, os dirigentes do Santos tiveram seus camarotes invadidos por torcedores do Cerro Porteño. ?Fomos agredidos, jogaram tudo no camarote, que estava aberto. Arremessaram tudo. O Odílio Rodrigues (vice-presidente do Santos) está com camisa manchada de refrigerante, não viu nem a expulsão do Edu Dracena. Estávamos pressionados, mas as coisas funcionaram?, disse.