Num confronto carente de criatividade, Botafogo e Santos protagonizaram uma partida burocrática no domingo à tarde, resultando em um empate por 1 a 1. O desempenho pouco expressivo refletiu tanto nos primeiros minutos quanto nos últimos, destacando-se como um duelo de poucos momentos memoráveis. Este resultado amplia o período sem vitórias do Botafogo para oito jogos no Campeonato Brasileiro, enquanto o time da Baixada mantém sua invencibilidade por sete partidas.
A batalha pelo título e a luta para evitar o rebaixamento indicam que a competição se manterá acirrada até a última rodada. Com grandes clubes envolvidos nas duas extremidades da tabela do Brasileirão, resta ao Botafogo e ao Santos torcerem contra os rivais para sonhar com o troféu e consolidar a permanência na elite, respectivamente.
Na quarta-feira seguinte, o Santos enfrentará o Fluminense na Vila Belmiro, às 19h, enquanto o Botafogo entrará em campo um pouco mais tarde, às 21h30, para enfrentar o já rebaixado Coritiba no Estádio Couto Pereira.
O primeiro tempo reservou suas emoções para os minutos iniciais, onde o Botafogo, diante de sua torcida, apresentou uma postura mais incisiva. Demonstrando persistência, a equipe da casa superou o adversário em volume de jogo e buscou verticalidade em campo. Em um momento de desatenção na marcação durante uma cobrança de falta, Danilo Barbosa aproveitou e cabeceou para abrir o placar aos 10 minutos.
Em desvantagem, o Santos intensificou seu ataque, concentrando-se na esperança de lances individuais de seus principais jogadores, Soteldo e Marcos Leonardo. O Botafogo, por sua vez, tentou capitalizar os espaços concedidos no meio-campo para acelerar as jogadas ao retomar a posse de bola.
O Santos assumiu o controle do jogo, arriscando boas finalizações, incluindo uma perigosa bola parada defendida por Lucas Perri após um chute de Jean Lucas. Do outro lado, Gabriel Pires também exigiu esforço do goleiro João Paulo.
Na segunda etapa, o jogo manteve-se morno, com o Botafogo buscando explorar a velocidade pelos lados e o Santos tentando construir jogadas com paciência e passes laterais. Com o passar do tempo, ambos os times tornaram-se mais ansiosos em busca do gol.
O equilíbrio favoreceu o Botafogo, uma vez que o Santos não conseguia atacar com precisão. Nem mesmo as substituições feitas por Marcelo Fernandes conferiram mais agressividade ao time da Baixada. A estratégia dos donos da casa era pressionar a saída de bola, tentar aproveitar erros de passe e insistir em jogadas de velocidade nas laterais.
Nos minutos finais, a partida permaneceu morna, sem provocar emoções nos torcedores botafoguenses e santistas. Até que aos 45 minutos do segundo tempo, Messias concluiu de cabeça uma jogada ensaiada protagonizada por Soteldo, conquistando o gol de empate. Os jogadores do Botafogo deixaram o campo visivelmente abalados, e a torcida reagiu negativamente diante de mais um tropeço.