A diretoria do Santos recebeu na última quarta-feira uma notificação informando o desejo do Grupo DIS em adquirir mais 10% dos direitos do meia Paulo Henrique Ganso. O Peixe tem dez dias para igualar ou cobrir a oferta. Caso não exerça a preferência, os empresários ficarão com a porcentagem. O valor da negociação é de cerca de R$ 5 milhões.
A nova polêmica envolvendo o grupo, Ganso e Santos começou em 10 de dezembro, pouco antes da estreia do clube no Mundial de Clubes. No Japão o jogador confirmou que havia vendido seus 10% ao DIS alegando o Peixe não demonstrou interesse em adquiri-lo. O clube, porém, declarou que em nenhum momento foi notificado da transação.
Na chegada ao Brasil após a derrota para o Barcelona, na última terça-feira, Paulo Henrique recuou. Segundo o jogador, o acordo ainda não havia sido firmado e precisava passar pelo Santos. Apesar do pouco tempo para captar recursos, o Peixe dá a entender que fará valer sua preferência.
- Se este for o prazo legal, precisamos conseguir em 10 dias - afirmou o diretor de futebol, Pedro Luis Nunes, em entrevista à Rádio Estadão/ESPN.
Santos e DIS são donos de 45% cada dos direitos de Ganso. Quem comprar a parte do jogador passará a ter 55%, ficando com a maior parte do dinheiro em uma futura negociação. O Peixe conversa também para aumentar o salário do meio-campista. A nova proposta feita pelo clube sobe os vencimentos dele em cinco vezes.
O ambiente entre clube e jogador, que parecia melhorar depois de tantas polêmicas em 2011, voltou a esquentar.
- Não conseguimos entender como o Paulo consegue se envolver neste tipo de polêmica.Não conseguimos entender qual é a origem disto e o que isto consegue agregar ao atleta - criticou o dirigente.