Sampaoli se pronuncia sobre agressão em Pedro: “Dói quando colegas brigam”

Sampaoli expressou seu desejo de ajudar tanto Pedro quanto Pablo Fernández para que o Flamengo alcance o topo.

Jorge Sampaoli no desembarque do Flamengo após o jogo contra o Atlético-MG | Jéssica Maldonado
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Após o incidente de agressão protagonizado pelo preparador físico Pablo Fernández contra Pedro, no vestiário do Flamengo após a vitória por 2 a 1 contra o Atlético-MG, o técnico Jorge Sampaoli postou um texto pedindo por diálogo interno no clube para enfrentar a situação.

Sampaoli expressou seu desejo de ajudar tanto Pedro quanto Pablo Fernández para que o Flamengo alcance o topo. Ambos prestaram depoimento em uma delegacia em Belo Horizonte durante a madrugada de domingo. Enquanto o preparador físico já retornou ao Rio de Janeiro pela manhã, o atacante permanece em Minas Gerais.

Até o momento, o Flamengo não se manifestou sobre o episódio. Uma reunião neste domingo deve definir o futuro de Pablo Fernández e também do treinador Jorge Sampaoli no clube.

Confira o texto na íntegra: 

"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam. 

A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une. Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. 

A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor. Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. 

Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas. Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo".

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